10/8/2006
Receita de exportações de carne bovina supera US$ 2 bilhões

No mês de julho, o Brasil exportou US$ 355,98 milhões, com alta de 8,66% na comparação com julho passado.
O volume embarcado em julho, porém, teve recuo de 4,11%, para 220,648 mil toneladas.
Um dos motivos para a queda, segundo o diretor-executivo da Abiec, Antonio Camardelli, é o período de férias de verão da Europa, que provoca redução da demanda de países importadores.
Os embargos totais e parciais à carne bovina brasileira devido aos focos de febre aftosa do Mato Grosso do Sul e do Paraná continuam se refletindo nas exportações.
A Rússia perdeu para o Egito o posto de maior importador da carne bovina "in natura" brasileira. No acumulado, os russos compraram 171,063 mil toneladas, o que representa queda de 27,51%. Em julho, as vendas para a Rússia caíram 69,22% do volume, para 22,238 mil toneladas. As vendas para o Egito foram de 184,976 mil toneladas nos sete meses e de 43,897 mil toneladas em julho.
A Abiec manteve a previsão de que as exportações do setor devem crescer de 3% a 5% em volume, este ano, para cerca de 2,4 milhões de toneladas, e de 15% a 20% em receita, para valor entre US$ 3,6 bilhões e US$ 3,8 bilhões.
Segundo Camardelli, a expectativa é que a Rússia cancele o embargo à carne de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Santa Catarina, mantendo a suspensão das compras do Mato Grosso do Sul e do Paraná. "Já oferecemos todas as garantias técnicas solicitadas", afirma.
Na avaliação do diretor-executivo da Abiec nem a suspeita de novo caso de febre aftosa no Mato Grosso do Sul deve alterar a avaliação dos russos. Segundo Camardelli, a Abiec aguarda "manifestação técnica" do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) sobre o assunto.

Fonte: Gazeta Mercantil

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