1/8/2006
Conflito paralisa venda de gado vivo para o Líbano

Com os conflitos no Líbano, as empresas exportadoras de gado vivo para aquele país suspenderam os embarques. Só no primeiro semestre deste ano, quase 127 mil cabeças de gado foram embarcadas de navio com destino ao Líbano, com uma receita de US$ 36,3 milhões (aproximadamente R$ 79,86 milhões).

O problema está no desembarque. Os navios que chegaram no Oriente Médio nas últimas semanas foram desviados para a Síria, de onde os animais seguiram para o Líbano em caminhões, o que aumentou o custo.

O exportador Guilhermo Doiny, do PA, suspendeu três embarques, com 5.500 cabeças de gado, desde que o conflito começou. "O Líbano está bloqueado. Não entra nem sai nada de lá", comentou em reportagem de Sílvia Freire para AgroFolha, da Folha de S.Paulo.

Ele está mantendo os três navios atracados no porto de Belém, pois espera que seja firmado nos próximos dias um acordo internacional que permita o desembarque de alimentos no Líbano, especialmente animais vivos.

Para o produtor e coordenador de agronegócios da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, Hermes Ribeiro, a entrada dos libaneses no mercado provocou um aumento de cerca de 10% no valor pago por quilo de animal vivo. E para os produtores do Pará, a venda para o Líbano era importante canal de escoamento da produção de gado, já que o estado sofre com embargos sanitários para a exportação de carne para outros mercados.






Fonte: BeefPoint

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