25/7/2006
Argentina: pecuaristas entram no terceiro dia de greve

Pecuaristas argentinos realizaram ontem o terceiro dia de greve do setor, em desafio aberto ao governo do presidente Néstor Kirchner. A paralisação foi acompanhada de marchas de protesto em 40 cidades do interior do país, especialmente nas províncias de Buenos Aires, Santa Fé, Córdoba e La Pampa. O setor exige o fim das restrições às exportações de carne, e a redução dos impostos, considerados extorsivos.

Com a greve, os preços do boi subiram 15%. O preço médio do boi no Liniers Livestock Market, em Buenos Aires, maior mercado físico da América do Sul, aumentou de 2,147 pesos o quilo, na sexta-feira, para 2,459 pesos ontem.

Para apaziguar os ânimos, Kirchner anunciou ontem o Plano Agropecuário que oferta US$ 100 milhões em créditos nos próximos quatro anos. A meta é ampliar produção de carne em 20%, para abastecer as demandas interna e externa. No meio da queda-de-braço, os produtores também analisam a criação de um partido político que os represente, já que nas últimas décadas o setor perdeu respaldo, de forma drástica, no Parlamento.

Segundo reportagem do Estadão/Agronegócios, para pecuaristas e frigoríficos, a restrição às exportações teve catastróficas conseqüências, já que perderam mercados reconquistados à duras penas após a crise da aftosa que atingiu o país entre os anos 2000 e 2003.


Fonte: Senasa, elaboração BeefPoint

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