25/7/2006
OMC: impasse entre negociadores leva Doha ao colapso

Ontem, depois de meses de impasse, a OMC admitiu que não há como avançar e as negociações foram suspensas por tempo indeterminado. A Rodada Doha, lançada em 2001, está paralisada e a crise está oficialmente declarada.

Enquanto os Estados Unidos eram acusados de responsáveis pelo fracasso por parte dos negociadores e os países pobres deixavam claras as frustrações, o projeto de concluir a negociação este ano está abandonado e um adiamento de dois ou três anos já é considerado.

À busca de um culpado

Para europeus, indianos e brasileiros, a culpa foi a falta de flexibilidade dos americanos em reduzir seus subsídios domésticos para a agricultura. Washington sugeria um corte de seus atuais US$ 22 bilhões para US$ 18 bilhões, o que não era considerado suficiente.

Para os EUA, o problema é que os demais negociadores, principalmente os europeus, não mostraram que cederiam no corte de tarifas de importação. A UE já havia aceitado um corte de 51%, o que não foi considerado suficiente pelo Brasil, mas ao menos um começo.

Os americanos ainda culparam os países emergentes pelo impasse alegando que não queriam abrir seus mercados para os produtos agrícolas. Os debates nem conseguiram chegar ao capítulo de bens industriais, onde certamente seria exigido muito mais do Brasil. As informações são de O Estado de S. Paulo.

Cota de acesso mínimo para carne

Notícia do jornal Valor Econômico informou que, apesar de admitir a demanda de 800 mil toneladas de carne, a UE, só ofereceu cota de importação de 160 mil toneladas com tarifa menor para todos os países, que juntaria-se à cota atual de 150 mil toneladas. A proposta não foi aceita pelos EUA, que retrucaram que a quantidade representa apenas 2% do consumo doméstico europeu. Eles querem cota de 1,5 milhão de toneladas ou 10% do mercado comunitário.



Fonte: BeefPoint

Voltar