7/7/2006
Exportador acredita que Newcastle não prejudica embarques


A associação afirma, entretanto, que a ocorrência do foco mostra a necessidade de liberação de recursos "em caráter emergencial" para a prevenção da gripe aviária e para o controle da doença de Newcastle. O Ministério da Agricultura declarou o país livre da doença em 2003 e só depois disso o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e tornou-se o maior exportador mundial de frango.

A doença existiu no Brasil durante mais de 50 anos, mas seu último caso havia sido registrado em abril de 2001, em Nova Roma (Goiás). A enfermidade ataca o sistema respiratório das aves e, por esse motivo, chega a ser confundida com a gripe aviária. Segundo a Abef, o país exportou US$ 3,5 bilhões em frango para 150 países em 2005, um crescimento de 35% em relação ao ano anterior. Em 2006, entretanto, as exportações de frango já vinham registrando queda devido à gripe aviária, que reduziu o consumo do produto principalmente em países já atingidos pela doença.

Segundo o diretor do Departamento de Defesa Animal do Ministério da Agricultura, Jamil Gomes de Souza, suspeitas de um novo foco da doença surgiram no dia 2 de maio, mas só foram confirmadas anteontem. Exames realizados no Laboratório Nacional Agropecuário de Campinas (SP) confirmaram 17 casos da doença em aves de uma pequena propriedade rural de Vale Real. Os animais seriam usados para consumo próprio, uma vez que a propriedade não atende frigoríficos e nem faz parte da cadeia produtiva do setor industrial.

Segundo o ministério, as aves da propriedade apresentavam andar cambaleante, diarréia branca e redução do consumo de água e alimentos. A doença afeta apenas as aves, não havendo qualquer hipótese de transmissão ao ser humano. O ministro Luiz Carlos Guedes Pinto (Agricultura) enviou especialistas em doenças de aves à região para acompanhar as ações de vigilância adotadas pela Secretaria de Agricultura e pela Superintendência Federal de Agricultura no Estado.

O Ministério da Agricultura informou que sacrificou animais da propriedade e vai manter a área em quarentena, além de controlar o movimento de aves dentro do país. Também foi estabelecida uma zona de vigilância de 10 km de raio ao redor do local onde foi descoberto o foco. Até o momento não foram encontrados sinais clínicos da doença em propriedades vizinhas. (fonte: Agrolink)


Fonte: Clube do Fazendeiro

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