3/11/2005
Exportações de carne caem 14% em outubro

As exportações de carne bovina caíram 14,4% em outubro, na comparação com outubro do ano passado, como reflexo dos embargos às importações do produto brasileiro depois do surgimento de focos de febre aftosa no sul de Mato Grosso do Sul.


O resultado decorre principalmente da retração de 41,3% nas vendas para a União Européia (UE). Na terça-feira, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Armando Meziat, afirmou que as perdas devem ser de, no máximo, US$ 300 milhões este ano, mas não devem refletir no desempenho global das carnes.


Segundo Meziat, a previsão inicial do ministério era exportar US$ 2,6 bilhões em carne in natura. "Vamos ter um impacto pequeno este ano por causa da aftosa. Estão faltando pouco mais de US$ 500 milhões para cumprir a meta. No pior cenário, esse resultado deve ser de US$ 2,3 bilhões", afirmou.


De janeiro a outubro deste ano, foram embarcados para o exterior US$ 2,086 bilhões. As exportações de carne bovina caíram dos US$ 180 milhões de outubro do ano passado para US$ 154 milhões de outubro deste ano 2005. Em relação às vendas para a União Européia, a queda foi de US$ 66,2 milhões para US$ 38,8 milhões. Na comparação com setembro de 2005, as exportações de carne bovina caíram 23%.


Apesar dos prejuízos no comércio de carne bovina, Meziat acredita que será cumprida a meta de exportar US$ 8 bilhões este ano em todo o complexo carne. Em sua avaliação, a queda nos produtos de origem bovina será compensada com maiores exportações de frango e carne suína.


Meziat avaliou que a queda das exportações de carne in natura em novembro pode ser maior que a de outubro. A identificação dos focos de aftosa ocorreu apenas na segunda semana do mês passado. Portanto, parte das vendas de outubro foi feita antes do surgimento da aftosa.


Para o próximo ano, disse o secretário, o reflexo da crise nas vendas externas dependerá da rapidez com que o Mapa eliminará os focos de aftosa. "Estamos otimistas, esperando que 2006 venha a ser pouco afetado", disse o secretário. "O Ministério da Agricultura está tendo uma atuação eficiente no combate aos focos. Este assunto tende a diminuir rapidamente".


Fonte: O Estado de S.Paulo, adaptado por Equipe BeefPoint

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