28/6/2006
Feijão substitui soja irrigada em Sinop

Para ter um produto competitivo no mercado nacional, os sindicatos rurais mato-grossenses, juntamente com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), reivindicarão à Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) a redução da alíquota adotada para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o feijão que é comercializado para outros estados. Atualmente a alíquota está fixada em 12%. Os produtores irão propor que ela seja reduzida para 3%, a exemplo das alíquotas estabelecidas em outros estados produtores de feijão. “Temos um produto de qualidade, mas que se torna um produto sem competitividade no mercado nacional devido à alíquota praticada em Mato Grosso”, reclama Galvan.

O período de colheita do feijão irrigado iniciou na segunda quinzena deste mês, e preliminarmente vem apresentando resultados positivos, com produtividade média entre 40 sacas a 45 sacas/60 kg por hectare (ha). Porém, como alerta Galvan, a venda da produção, caso mantenha essa média e não haja redução no ICMS e nem da saca, no final da safrinha de feijão as contas ficarão empatadas. “Acredito que os produtores conseguirão empatar com as despesas, caso registrem algum lucro, este será mínimo”. Galvan destaca, no entanto, é que quem optou pela cultura quer no final ter um capital extra para iniciar a safra de soja. “Ninguém quer empatar contas ou novamente contabilizar perdas”.

O presidente do Sindicato declara que os custos de produção do feijão irrigado estão na média de R$ 1,7 mil/ha, deste valor, R$ 300 são gastos em energia para manutenção dos pivôs na irrigação artificial. “Se o preço da saca de feijão não reduzir (no mercado a cotação é de R$ 45 a saca/60 kg), como vem acontecendo deste o início do ano, iremos trabalhar dentro do limite”, enfatiza.

Vazio Sanitário - Galvan se posiciona de maneira favorável a proibição do cultivo de soja em forma de safrinha. Com relação ao plantio. “A nossa preocupação é mesmo resguardando o período de 90 dias, sem a presença da soja verde (estágio de formação), não consigamos obter resultado satisfatório. Acredito que a proibição deveria se estender também ao feijão. É uma leguminosa que hospeda o fungo da ferrugem asiática”, dispara.

Apesar da observação, Galvan reforça que o vazio sanitário é necessário, porque o prejuízo causado pela ferrugem asiática na última safra foi grande. “Tivemos uma quebra na produtividade superior a 15% em decorrência da ferrugem. Não podemos ser contrário a uma decisão que visa nosso próprio benefício”. (fonte: Diário de Cuiabá)


Fonte: Clube do Fazendeiro

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