27/6/2006
Pecuária na zona de fronteira de MS usará chip eletrônico

“O novo sistema será apresentado à missão da União Européia, e mostrará que temos programas para fazer frente a este problema sanitário, usando uma das alternativas mais modernas que é o chip eletrônico. Assim, vamos atuar com tudo que existe de mais moderna para garantir a sanidade de nossos produtos”, declarou o Secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Marcio Antônio Portocarrero.

Segundo Portocarrero, o sistema que irá ser implantado no Estado e que foi desenvolvido pela Embrapa Gado de Corte, também fará parte do novo Sisbov que já está “90% concluído”, e recebeu aval positivo da CNA (Confederação Nacional da Agricultura).

“O pessoal da Embrapa Gado de Corte esteve no Ministério e demonstrou a segurança da tecnologia desenvolvida e de que está consolidada, e verificamos que atende a nossa exigência de oferecer ao mercado e proporcionar para o criador uma ferramenta que dará maior controle. Por isso vamos exigir o chip eletrônico no novo Sisbov”, declara, dizendo que as novas regras devem passar pelo câmara setorial da cadeia produtiva da carne na próxima semana em Brasília.

Outro ponto que Portocarrero revela é também que o programa continua não sendo obrigatório para o pecuarista, desde que ele não queira exportar para os países que exigem sistema de rastreamento, e no caso do chip, apenas as propriedades com mais de mil hectares deverão usar o aparelho eletrônico.

“O produtor que tem rebanho com mais de mil cabeças terá que usar o chip eletrônico e o brinco visual, no entanto, o sistema de chip só será obrigatório para os países que exigirem rastreabilidade, e para os pecuaristas interessados neste mercado, mas para os demais países o produtor não será obrigado a usar o sistema”, explica.

No caso da rastreabilidade com o chip no Estado, o secretario do Mapa revela que foi uma iniciativa do Iagro e que contará com recursos do Ministério do Trabalho na sua execução, através do Fat (Fundo de Amparo do Trabalhador). Quanto aos conceitos do sistema, serão os mesmo do Sisbov, a propriedade terá que se cadastrar.

“O cadastramento será por propriedades e dentro não poderá ter animais não identificados, de mamando a caducando, mas destaca que para os paises que não exigem rastreabilidade, vamos liberar”, disse.

Portocarrero Outro ponto que trará modificações no novo sistema de rastreamento nacional é a possibilidade de identificar a origem dos cortes, e Portocarrero diz que já conta com o compromisso dos frigoríficos, já que os bois não serão mais monitorados por lotes, mas individualmente.

“O comprador poderá saber a origem do corte, de onde saiu o boi, qual a região de origem, e o pecuarista vai saber para onde foi sua produção. Hoje, o nosso produto chega identificado, mas o boi é abatido em lotes. Com o chip, identificamos o animal, mas exigirá que os frigoríficos façam alguma adaptação”, conclui.

Iagro diz que rastreabilidade com Chip na fronteira ainda não é tudo

O Diretor-presidente do Iagro, João Cavalléro além de confirmar o projeto, destacou também que não é apenas isso, o chip integra uma série de ações para o setor, como a criação da Lei de Rastreabilidade na Zona de Fronteira que foi criada de forma pioneira pelo Estado e está em fase de regulamentação.

“Temos este projeto de chip agem eletrônica que está no Ministério do Trabalho, que prevê investimentos em torno de R$ 100 milhões, mas não é apenas este projeto, ele faz parte de uma serie de ações, como a Lei de Zoneamento de Fronteiras, e todo um processo de vigilância ativa e passiva que estamos estruturando e não pensando apenas na missão que visita o Estado, mas no desenvolvimento do setor”, conclui. (fonte: Conesul News)


Fonte: Clube do Fazendeiro

Voltar