4/11/2005
Greve de fiscais agropecuários pode afetar exportações

Ainda enfrentando uma queda de cerca de 20% no comércio exterior por causa da greve dos fiscais da Receita Federal e dos embargos decretados a produtos devido à aftosa, as indústrias de produtos animal e vegetal preparam-se para novo baque nos negócios: a paralisação dos fiscais agropecuários.


Com pauta de reivindicações que passa por melhorias salariais e de condições de trabalho, a categoria entra em greve segunda-feira, mantendo apenas serviços essenciais como combate à febre aftosa e prevenção contra gripe das aves.


"Se essa greve se concretizar, o maior prejuízo será a imagem do Brasil lá fora, a exposição da imagem crítica que estamos vivendo", analisou o assessor econômico do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná (Sindicarnes-PR), Gustavo Fanaya. Segundo ele, a expectativa é que não haja adesão integral dos fiscais que atuam nos frigoríficos. "Isso inviabilizaria todo o processo das empresas", afirmou.


Para Fanaya, a expectativa é que o governo federal feche acordo com a categoria. No País, há cerca de 4,5 mil fiscais federais agropecuários na ativa, aproximadamente 230 no Paraná.


Sem a fiscalização, a liberação de exportação e importação de produtos de origem animal e vegetal também será interrompida em portos, aeroportos e postos de fronteira. O superintendente do Ministério da Agricultura no estado, Francisco Signor, disse que ainda acredita em um entendimento entre os funcionários e a União até segunda-feira.


O presidente de honra da Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários, José Silvério da Silva, garantiu que a greve não tem a ver com a crise da aftosa. "Estamos negociando com o governo desde outubro de 2004 e já adiamos a paralisação três vezes", lembrou.


Fonte: Zero Hora/RS e Paraná On Line (por Lyrian Saiki), adaptado por Equipe BeefPoint

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