30/5/2006
Agricultura de precisão leva eficiência ao campo

Weirich lembra que o conceito de agricultura de precisão tem em vista um manejo diferencial de solo e planta. Ou seja, determinadas áreas de um mesmo talhão, por exemplo, podem apresentar exigências diferentes em termos de adubação ou de aplicação de defensivos. Dessa forma, diversas variáveis podem influenciar para que os resultados no desempenho da lavoura não sejam homogêneos, como solo (incluindo parte química, física e água), pragas, doenças e plantas daninhas, bem como o manejo anterior (algumas áreas mais compactadas pela circulação de máquinas agrícolas que outras). “É importante destacar que existe uma variabilidade espacial de rendimento. Ou seja, em um mesmo talhão, existem áreas de alta fertilidade, mas pouco produtivas, e áreas de baixa fertilidade mas bastante produtivas”, diz.

Para trabalhar essas questões, Weirich, juntamente com estudantes do curso de Agronomia, realizou a pesquisa em 58 lavouras de milho na região, e aplicou as mesmas análises em 60 pontos de uma única área. Foram realizadas análises físico-químicas do solo, contagem da população das plantas e foram dadas notas para a planta em relação a pragas, doenças e dimensionamento de plantas daninhas.

A partir disso, uma série de mapas das áreas foi confeccionada, até mesmo cruzando informações, para indicar os principais problemas. Esse tipo de material, possibilita, por exemplo, saber qual região do talhão demanda mais nitrogênio ou potássio, ou quais as plantas daninhas predominantes em determinado espaço, ou ainda quais pragas atingem uma região do terreno. Com essas informações, o produtor pode dar o atendimento específico a cada área, de acordo com as necessidades previamente identificadas. O resultado disso é redução nos custos, na medida em que os produtos serão utilizados apenas em parcelas da lavoura.

Nesse trabalho, Weirich cita que o fator que apresentou maior importância foi a matéria orgânica, depois conteúdo de argila, seguido de população de plantas e nutrientes em subsuperfície (entre 20 e 40 centímetros). Como a parte de matéria orgânica é varia ano a ano e a análise é cara, o professor explica que seria mais interessante voltar-se ao conteúdo de argila, já que esse mapa é mais durável e barato que o de matéria orgânica. “A idéia é, na seqüência, saber o quanto investir para que aquela área atinja o seu potencial máximo de produção”, relata o professor. As análises serão repetidas por três anos, para que se tenham informações seguras sobre as áreas. O professor ressalta que entre todas essas variáveis, é viável identificar a mais importante, para que a sua influência possa ser trabalhada. (fonte: Diário dos Campos)


Fonte: Clube do Fazendeiro

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