29/5/2006
Após queda, exportação se estabiliza no Brasi

No segundo semestre do ano passado, a média foi de 250 mil toneladas por mês. “Continuamos numa situação muito difícil, com a redução das exportações. A boa notícia é que estabilizamos o volume”, explica o presidente-executivo da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), Ricardo Gonçalves, que esteve nesta quinta-feira em Curitiba para apresentar um balanço do setor. Existe a crença de que a temporada de retração terminou. Até o final do ano a intenção é recuperar de 3% a 5% das exportações.

Para o dirigente, um crescimento modesto diante do potencial de mercado, mas que ensaia uma recuperação da avicultura brasileira no exterior. O futuro, no entanto, ainda é incerto. Ele diz que tudo vai depender do comportamento da gripe aviária no mundo e das medidas de controle e prevenção que devem ser adotadas pelo Brasil. “Além disso, continuamos preocupados com o dólar para ter uma remuneração justa.” Depois de cair a menos de US$ 1 mil a tonelada – no mercado interno o quilo do frango inteiro chegou a ser vendido a R$ 0,99 –, a cotação está hoje próxima de US$ 1,4 mil a tonelada.

De acordo com o presidente da Abef, internamente o preço está em recuperação, o que não acontece com o mercado externo. “Hoje exportamos no vermelho para manter contratos”, afirma Gonçalves Ao lado da queda do dólar frente à moeda brasileira, o grande vilão desse cenário foi a gripe aviária. Com a redução do consumo de carne de frango no mundo, os produtores brasileiros foram obrigados a diminuir a produção. O plano de ajuste entre oferta e demanda reduziu de 427 milhões o número de aves alojadas em janeiro para 330 milhões em abril, e a meta é de 320 milhões entre junho e julho.

O mercado internacional absorve 30% da produção de carne de frango do Brasil. Prevenção A Abef está preocupada com a implementação do Plano de Prevenção contra a Gripe Aviária, lançado em 7 de abril. O governo federal teria aplicado apenas R$ 36 milhões dos R$ 100 milhões previstos. O problema estaria no corte do orçamento do Ministério da Agricultura para 2006, que pode se de 40%. (fonte: Onda RPC)


Fonte: Clube do Fazendeiro

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