25/10/2005
Roberto Rodrigues quer defesa sanitária compartilhada

O ministro Roberto Rodrigues, da Agricultura, não quis rebater, ontem, as críticas que vem recebendo após a ocorrência de focos de febre aftosa no país. Para ele, a defesa sanitária deve ser compartilhada entre os governos federal e estaduais.


"As ações de defesa sanitária são compartilhadas. Não é o governo federal o responsável por essas ações. É uma ação conjunta entre governos federal e estaduais. O governo federal estabelece as regras, define as formas de atuação, mas a ação sempre é compartilhada", afirmou o ministro em São Paulo.


Sobre o pouco investimento para o combate à aftosa, o ministro disse que essa é uma discussão sem muito resultado. "Muitos convênios com os Estados não foram assinados ou porque os Estados ainda não apresentaram seus projetos ou estavam inadimplentes ou tinham alguma dificuldade". Mas o ministro admite, ainda, atrasos devido à burocracia.


O novo quadro da febre aftosa, com os possíveis focos no Paraná, traz preocupação ainda maior, segundo o ministro. Além do risco de aumento dos embargos, eles podem se estender para a carne suína, já que os paranaenses são o terceiro maior exportador nacional dessa carne.


Para evitar problemas ainda maiores ao país, Rodrigues diz que agora as ações dos poderes públicos devem ser de maneira compartilhada, rigorosas, transparentes e imediatas.


A questão é saber por que isso aconteceu. O gado foi vacinado ou não? Se não foi, não temos o que discutir. Se foi, a vacina era boa ou ruim? Se era boa, o problema passa ser a aplicação e a conservação. "Todas essas perguntas devem ser respondidas."



Fonte: Folha de São Paulo (por Mauro Zafalon), adaptado por Equipe BeefPoint

Voltar