19/4/2006
Produtores cobram menos impostos e juros baixos


O presidente da Agrishow Cerrado e da Fundação Mato Grosso, Hugo de Carvalho Ribeiro, aponta os efeitos que começam a se alastrar na cadeia produtiva do setor. “Não são apenas os produtores rurais as vítimas desta crise. Empresários de máquinas, equipamentos, insumos, fertilizantes, todos que dependem do setor agrícola sentem as duras conseqüências”.

O governador Blairo Maggi, que abriu esta edição da Agrishow, voltou a dizer, como em outros anos da feira, que a dificuldade de renda e de sustentação da atividade no campo vai chegar à vida urbana. "Em um negócio de 40% do Produto Interno Bruto (PIB), é impossível ele quebrar e os outros 60% andarem. Desde 2004, agricultores e entidades vêm trabalhando para buscar solução alternativa para o setor", comentou. “Nós temos vergonha de a cada quatro ou cinco anos ter que bater à porta do governo Federal para buscar saída”, diz o governador referindo-se aos empréstimos bancários e rolagem de dívidas impagáveis.

O prefeito de Rondonópolis, Adilton Sachetti, cobrou de forma mais enfática compromisso da União com mudanças na legislação para criar ambiente de segurança para a atividade agrícola. “Os tributos, ano a ano, aumentam. A questão da reforma tributária tem que ser discutida de forma clara. A nossa legislação trabalhista tem 50 anos. Nossas estradas são as mesmas há cerca de 20 ou 25 anos”.

Ele também registrou efeitos sociais do campo para a cidade em decorrência da dificuldade na agropecuária. “Ano que vem, quando não tiver arroz e frango para comprar na cidade, como vamos fazer e quem vai ajudar?”, observa o prefeito. Já em tom de reflexão, ele destaca: “A dificuldade vai se agravar em função da crise instalada no campo. O desemprego está acontecendo. As pessoas procuram agora na cidade o emprego que tinham no campo”. (fonte: Diário de Cuiabá


Fonte: Clube do Fazendeiro

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