12/7/2013
CNA abre fogo contra o JBS Friboi

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, durante reunião com a
diretoria da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), manifestou sua preocupação com a agressiva campanha
de marketing que a JBS Friboi colocou nos meios de comunicação por entender que a referida campanha “representa
uma ameaça ao equilíbrio do mercado de carne bovina no Brasil ao divulgar que sua marca é a única com atributos de
qualidade”.
“A pretensão do JBS, utilizando-se de recursos públicos e financiamentos com juros de pai para filho, que as demais
empresas não têm, é destruir a concorrência e formar seu sonhado monopólio”, afirmou Kátia Abreu.
O presidente da Abrafrigo, Péricles Salazar, agradeceu o apoio da CNA em relação ao assunto e informou que a
associação estuda medidas legais cabíveis contra esse tipo de publicidade antiética e enganosa. A Abrafrigo já entrou
com uma representação junto ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) pedindo medidas
urgentes. “Queremos a suspensão desta campanha publicitária por ser danosa à cadeia econômica da carne”, disse
Salazar.
A reunião ocorreu na última terça-feira (09/07), ocasião em que a presidente da CNA destacou temas como o Plano
Nacional de Defesa Agropecuária, o interesse da entidade num acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia,
além da realização de um Seminário Internacional, em setembro, na cidade de Pequim, na China, de promoção de
produtos brasileiros, especialmente a carne bovina.
Durante o encontro, a presidente da CNA entregou a Abrafrigo proposta para que a entidade participe de uma campanha
de marketing cujo objetivo é divulgar o agronegócio. Pelé e Murilo Benício, contratados da instituição, poderão realizar
publicidade da carne brasileira, destacando que o produto vendido nos supermercados é inspecionado e de boa
qualidade para o consumo, independentemente da marca ou do rótulo que a mesma contenha. “A marca que vale é a
do Sistema de Inspeção Federal, Estadual ou Municipal (SIF)”, destacou Kátia Abreu.
A presidente da CNA criticou, ainda, medidas coercitivas e arbitrárias, praticadas pelo Ministério Público Federal (MPF),
em especial os Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) impostos aos frigoríficos e supermercados do país. Os
frigoríficos estão sendo pressionados a assinar os TACs que lhes impõem obrigações sem respaldo legal e que são
impossíveis de serem cumpridas.
Esses TACs abrem espaço a interpretações subjetivas, atentando contra a segurança jurídica da atividade no Brasil.
Apesar disso, os frigoríficos que se recusam a assiná-los estão sendo coagidos. Ou assinam, ou respondem à ação
civil pública, e ainda ficam sujeitos ao pagamento de indenizações exorbitantes. Com

Fonte: informações da CNA

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