16/5/2013
Clone pode ajudar em pesquisas para curar doenças

Pesquisadores já pensam como o primeiro clone de bezerro feito a partir de células adiposas podem ajudar em estudos para cura de doenças em seres humanos. O animal nasceu após um estudo desenvolvido pela Embrapa, em Brasília, e o processo foi realizado através da chamada transferência nuclear.
Chamada de "Brasília dos Cerrados", por ter nascido na semana do aniversário da capital brasileira, o animal é fruto de um estudo que iniciou há quatro anos. A técnica utilizada para esse processo é diferente da convencional. Em vez de usar células embrionárias ou apenas pele, os pesquisadores utilizaram células do tecido adiposo, ou seja, gorduras da vaca doadora.
Segundo um dos responsáveis pela pesquisa, Carlos Frederico Martins, da Embrapa, o próximo passo será avaliar o crescimento do animal. Quando a bezerra procriar, o leite produzido também será testado. A ideia é analisar o produto e como ele poderá ajudar em tratamentos no futuro.
– Esses animais transgênicos poderão produzir em seu leite proteínas de uso humano que seja
interessantes para corrigir algumas doenças, como insulina, fator de coagulação e outras proteínas que possam ser isoladas do leite e utilizadas pela indústria farmacêutica.
Conforme a bióloga Heidi Bessler, foi feita uma coleta prévia do tecido adiposo, um cultivo das células de gordura, e depois, essa célula foi injetada dentro do ovócito, já preparado.
– Após a injeção, são feitos choques e depois se espera o desenvolvimento desse embrião em até 7 dias.
Depois isso é transferido ao animal receptor.
A gestação da bezerra durou nove meses e 20 dias, um pouco antes do previsto, mas sem interferência dos veterinários. Ela nasceu de parto normal, pesando 35 quilos.
Algo que chamou a atenção dos cientistas, é a semelhança física do animal com a progenitora, que nasceu há dois anos, como lembra o pesquisador da Embrapa, Carlos Frederico Martins.
– Temos fotos de quando a mãe nasceu, e é igualzinha, a mesma pelagem, que é vermelha com umas manchinhas nas patas. Agora a mãe cresce, ficou cinza, mas na hora que a Brasília estiver crescendo, também vai mudar a coloração. Vai ficar igualzinha à mãe.



Fonte: Canal Rural.

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