28/1/2013
Embrapa estuda bactéria para controle de parasitas na pecuária

Relação entre micro-organismo e parasita bovino pode reduzir uso de pesticidas, resultando em alimentos mais seguros. Mesmo tendo o maior rebanho comercial do mundo, o Brasil enfrenta problemas de aceitação de sua carne no exterior, sobretudo por fatores sanitários. A pesquisadora Lea Chapaval, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP), fará nos Estados Unidos estudos de controle biológico por meio de bactérias e insetos que se relacionam por simbiose. Esses micro-organismos infectam alguns dos principais parasitas dos animais ruminantes, como a mosca-dos-chifres, a mosca-das-bicheiras e os carrapatos de bovinos. A pesquisa, segundo a Embrapa, é pioneira no Brasil. Nos Estados Unidos, a pesquisadora irá estudar a infestação de mosquitos da malária por bactérias do gênero Wolbachia. Segundo Lea, o objetivo é trazer as técnicas utilizadas lá e adaptá-las para carrapatos e moscas no Brasil. Com base nesses dados iniciais, será possível identificar no futuro linhagens promissoras de Wolbachia para o controle de parasitas na pecuária e definir novas estratégias de controle integrado. O estudo vai começar em fevereiro e se estender ao longo de três meses. A identificação da relação entre a Wolbachia e o parasita bovino pode contribuir para a redução no uso de pesticidas nos sistemas pecuários de produção, o que possibilita alimentos mais seguros para a população. Com menos resíduos, são diminuídas as barreiras sanitárias determinadas pela presença de contaminantes pesticidas nos alimentos de origem animal. Apesar de possuir o maior rebanho comercial do mundo, com mais de 200 milhões de cabeças de gado, o Brasil enfrenta problemas de aceitação de sua carne em outros países, principalmente por fatores ligados à sanidade dos animais. "A presença de parasitas gera perdas econômicas, que podem ser evitadas com o controle de verminoses", afirma Lea.

Fonte: Portal do Agronegócio/MG

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