27/8/2012
Oferta menor de boiadas e aumento no preço da arroba elevam o preço da carne bovina no atacado, diz consultoria

Pesquisa da Scot indica alta na cotação de 1,5% nos últimos sete dias.

A redução na oferta de boiadas e a alta nos preços do boi gordo em São Paulo influenciaram os preços da carne bovina sem osso na última semana, conforme a Scot Consultoria. Levantamento da empresa aponta que, embora a semana seja de vendas com ritmo fraco, a tentativa de manter as margens da indústria levou a preços maiores para os cortes sem osso. A alta nos últimos sete dias foi de 1,5% e, de acordo com a consultoria, o consumo sofreu redução.

Agosto foi um mês de valorizações seguidas no atacado, com alta acumulada de 3%, em média. Neste período, a margem da indústria com a venda de carne sem osso, mais todos os subprodutos e miúdos, atingiu o maior valor já registrado, 32,6%. A tendência, segundo a Scot, é que o mercado continue em alta.

Na próxima semana os varejistas devem sair às compras, aguardando o pagamento de salários. Isso deverá favorecer valorizações. Apesar de comportamento distinto entre atacado e varejo, as margens dos supermercados e açougues estão semelhantes às de 2011, no mesmo período. O sobrepreço médio praticado no varejo de São Paulo está em 80%.

Alta em Mato Grosso do Sul

O mercado do boi gordo teve alta em Mato Grosso do Sul na última semana. Segundo levantamento da Scot, o preço na arroba do boi gordo subiu de R$ 85,17 à vista para R$ 87,17 na média das três praças pesquisadas. O valor representa alta de 2,4% no período. Em relação ao início de agosto, quando o preço pago na arroba era de R$ 84,50 à vista, a alta é de 3,2% no Estado. O cenário é reflexo da diminuição da oferta de boiadas para abate.

Valorização em Goiás

Nas duas praças pesquisadas pela Scot Consultoria em Goiás, Goiânia e a região sul do Estado, o mercado do boi gordo está pressionado para cima. Desde o início de agosto, o preço da arroba subiu 3,7% e 4,4%, respectivamente. O boi gordo está cotado em R$ 84,00 por arroba à vista.

A pressão de alta é em função da menor oferta de animais combinada à maior demanda por boi gordo pelos estados vizinhos, como São Paulo. O diferencial de base entre Goiás em relação a Barretos (SP) está em -7,5%. Este é o menor diferencial registrado desde o início do mês.

Fonte: Ruralbr

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