22/8/2012
Alimentos concentrados puxam alta dos custos de produção da pecuária bovina em agosto

Os custos de produção da pecuária registraram alta em agosto, influenciados pelos valores dos insumos, de acordo com a Scot Consultoria. Os aumentos nos gastos com atividades de corte de baixa e alta tecnologia foram de 1,1% e 1,7%, respectivamente. Com os preços do boi gordo pressionados desde o início do ano, os técnicos apontam que as margens estão se estreitando.

Já para a pecuária leiteira, a elevação foi de 4,4%. O levantamento da Scot indica que o uso mais intensivo da alimentação concentrada, item cuja elevação de preços foi a mais expressiva em agosto, levou a este resultado.

Desde o início do ano, os aumentos no custo de produção das pecuárias de corte de baixa tecnologia, alta tecnologia e leiteira foram de 5,9%, 7,1% e 8,7%, respectivamente. O principal fator de alta dos custos em agosto foi alimentação concentrada proteica, com alta média de 10,8%. Outros itens que encareceram a produção foram alimentação concentrada energética (7,0%), defensivos agrícolas (3,9%) e fertilizantes (0,5%).

Farelo de soja

Os preços do farelo de soja seguem em alta em 2012, ainda conforme a Scot. O produto, cotado em São Paulo a R$ 1,38 mil por tonelada, teve alta de 5% em dois meses e desde o início do ano acumula valorização de 101%. Há um ano o pecuarista pagava, em média, R$ 797,00 por tonelada ou 42% menos pelo insumo.

Já o milho, que no primeiro semestre dava sinais de que trabalharia com mercado mais calmo, depois de elevar de forma significativa os custos em 2011, voltou a subir nos últimos meses, em função da redução da produtividade da safra americana do grão. O produto é negociado a R$ 506,00 por tonelada em São Paulo, uma alta de 15% em relação a julho. Com farelos de soja e milho mais caros, os demais concentrados proteicos e energéticos tendem a subir, na avaliação da consultoria.

Fonte: Ruralbr

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