17/8/2012
Atratividade das exportações do agronegócio aumenta 3,2% no primeiro semestre

Os preços em reais das exportações do agronegócio aumentaram 3,2% no primeiro semestre deste ano, comparativamente ao mesmo período de 2011, segundo o Índice de Atratividade (IAT) calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Esse resultado reflete o avanço de 2,3% dos preços de exportação (IPE/Cepea) e também a desvalorização do Real (Índice de câmbio efetivo do agronegócio – IC/Cepea) de 0,8%. Quanto ao volume exportado, o crescimento foi de 4,8% também na comparação do primeiro semestre deste ano com igual período de 2011.

HISTÓRICO - Entre 2000 e 2011, o saldo da balança comercial do agronegócio brasileiro mais do que quintuplicou, alcançando US$ 77,471 bilhões. Enquanto isso, os demais setores da economia brasileira vêm apresentando sucessivos e crescentes déficits na balança comercial. Entre 2000 e 2011, esse déficit triplicou, chegando a US$ 48 bilhões. Graças ao agronegócio, a balança comercial total do Brasil mantém-se superavitária, estando, em 2011, em US$ 30 bilhões. Com isso, o País acumulou reservas internacionais acima de US$ 300 bilhões nesse período.

Os preços em dólares recebidos pelos exportadores do agronegócio brasileiro (IPE) têm crescido continuamente desde o ano 2000 e apresentou pico de valorização em 2012, com valor 125,8% superior ao de 2000. Observa-se aceleração de preços após 2007, interrompida apenas em 2009, por causa dos efeitos da crise financeira mundial. Desde então, vencida a primeira etapa da crise, as médias anuais dos preços retomaram a tendência de crescimento. O volume exportado pelo agronegócio brasileiro (IVE) também cresceu, 160% entre 2000 e junho de 2012. No mesmo período, a taxa de câmbio efetiva real do agronegócio (IC) apresentou valorização superior a 50%, avanço que teve início em 2003 e segue quase que linearmente. Apesar da valorização cambial, a atratividade das exportações (IAT) cresceu quase 5% nos últimos 12 anos, compensada pelos elevados preços externos.

Fonte: Cultivar

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