6/8/2012
Russos pedem garantias de controle de ractopamina

A necessidade de controle efetivo do não uso da ractopamina foi a principal preocupação manifestada pelos técnicos russos que participaram de missão para avaliar o serviço veterinário no País, segundo o Ministério da Agricultura (Mapa). O grupo deixou o Brasil nesta sexta-feira, 3, após participar de reunião com representantes da pasta, em Brasília, para fazer uma análise das visitas.
Em nota, o Mapa informou que foram dadas as garantias de que as exigências serão cumpridas. De acordo com a assessoria da pasta, a restrição vale para todas as carnes. O emprego da substância na criação de suínos é permitido há 10 anos.
No caso da bovinocultura o uso foi liberado em 2011.O primeiro produto para bovinos com ractopamina no País foi autorizado pela pasta no final de junho deste ano. Contudo, ainda não está no mercado pela falta de protocolo de uso. A documentação será submetida para avaliação dos russos - e aos demais países que fazem esse tipo de restrição, como a China - quando estiver concluída.
De acordo com o diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Fernando Sampaio, assim como os russos, a União Europeia já havia manifestado o interesse de restringir o uso da substância. Ele sugere que o melhorador de desempenho seja aplicado somente quando houver um sistema que permita a segregação dos animais com destino a estes mercados nos frigoríficos. “Não é difícil de fazer isso. O produto é destinado apenas aos animais de confinamento e empresa sabe para quem vendeu”, explica.

Durante a missão, o grupo esteve em um a fábrica de ração no município de Frederico Westphalen, RS. O objetivo foi conhecer os procedimentos adotados para a produção de ração sem o uso da ractopamina.
Em nota, o Ministério avaliou que a visita transcorreu dentro da expectativa. Em 30 dias a Rússia deve enviar ao Brasil um relatório, que será respondido pela pasta, que deverá se pronunciar apenas após o retorno dos russos.
As expectativa em relação ao resultado da missão gira em torno da liberação do embargo a frigoríficos dos estados de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, que estão impedidos de embarcar carnes para aquele país desde junho de 2011. O grupo, formado por nove técnicos, visitou 20 frigoríficos nos seis Estados, sendo três além dos que estão embargados: Santa Catarina, Goiás, e Pará.
Os técnicos também estiveram em duas unidades do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), sendo uma em Pedro Leopoldo (MG) e, outra, em Porto Alegre (RS); numa granja de suínos no município de Itapiranga (SC) e em uma granja de aves no município de Palotina (PR), além do Posto de Vigilância Agropecuária em Foz do Iguaçu (PR).

Fonte: Portal DBO

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