30/5/2012
Embrapa Gado de Corte comemora aniversário com homenagens e lançamentos

A festividade de 35 anos da Embrapa Gado de Corte, completados no último dia 28 de abril, será marcada com lançamentos e homenagens nesta quinta-feira, dia 31 de maio.

O evento acontece a partir das 19h30 no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo localizado no Parque dos Poderes, em Campo Grande, MS.

A celebração será marcada com as presenças do diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Pedro Antonio Arraes, 11 chefes-gerais empresa da região Centro-Oeste, do governador do Estado de MS, André Puccinelli e outros políticos, e representantes do setor agropecuário, além de empregados e colaboradores.

A programação consta de apresentações do grupo de viola “Revoada Pantaneira” e de um vídeo com um resumo dos 35 anos de trabalhos desenvolvidos pela Unidade, de dois lançamentos: da régua de manejo e do livro “Gado de Corte em retrato” e de homenagens aos 11 ex-chefes da unidade, empregados que completaram 10, 20, 30 e 35 anos de trabalho na empresa e parceiros que também contribuíram para o crescimento da Embrapa Gado de Corte.

Contribuições

A contribuição da unidade em disponibilizar soluções tecnológicas e vê-las incorporadas à cadeia produtiva de Gado de Corte vindo a beneficiar a sociedade é relevante e induz seus responsáveis a celebrar o sucesso.

Para o chefe-geral da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS), Cleber Oliveira Soares, um dos objetivos da realização do evento comemorativo é compartilhar com as pessoas as conquistas alcançadas, como o aumento da produção e da produtividade da pecuária de corte nacional e o País ser, hoje, o maior exportador de carne bovina, além de possuir boa qualidade e ser considerada a melhor do mundo.

“Hoje, em cada bife consumido no Brasil tem uma tecnologia da Gado de Corte”, afirma Cleber Soares. Ele lembra também que as tecnologias aqui geradas ao longo dos anos ultrapassaram as fronteiras e são reconhecidas no estrangeiro.

A pesquisa não pára e os resultados devem contribuir ainda mais, de forma sustentável, para aumentar a produção de carne, afinal, a cada dia a população cresce e a demanda por alimentos de alto valor nutritivo, igualmente.

Desafios

Os desafios futuros são muitos e a demanda por tecnologias sustentáveis, econômicas e ambientalmente corretas vai exigir da equipe um esforço grandioso, reconhece o chefe-geral. “Nós priorizamos ações em algumas áreas com vistas a incrementar a cadeia produtiva da carne. Por meio de tecnologias sustentáveis e portadora de futuros como a biotecnologia, nanotecnologia, bio-infraestrutura, pecuária de precisão dentre outras, serão desenvolvidas novas soluções tecnológicas”, diz Cleber Soares.

Para desenvolver os desafios a unidade conta com cerca de 200 empregados entre pesquisadores, analistas e assistentes e, ainda, dispõe de outros colaboradores externos, como estagiários, bolsistas e terceirizados.

Contribuem também para o desenvolvimento e validação das pesquisas as parcerias com instituições públicas, privadas e não governamentais do Brasil e do exterior. Dentre os parceiros destacam-se: Tortuga, ABCZ e Unipasto e fora do Brasil a Universidade de Geórgia, o Serviço de Pesquisa Agrícola Americano (ARS - Agricultural Research Service), uma das maiores instituições de pesquisa agrícola do mundo, e O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Ao longo dos anos a estrutura da Gado de Corte aumentou e melhorou. Os laboratórios em fase de ampliação possuem equipamentos modernos e de última geração como um sequenciador de DNA para trabalhar microorganismos, animais e plantas. Além disso, a Embrapa conta hoje com modernas casas de vegetação, um mangueiro digital, laboratório de carnes, dentre outras instalações.

Com profissionais qualificados e boa estrutura a empresa espera gerar novas cultivares, sistemas de diagnósticos, vacinas, genótipos superiores de bovinos entre outros.

Conquistas

Dentre as principais conquistas da pesquisa em gado de corte ao longo desses 35 anos, citamos lançamentos de forrageiras tropicais como os dos capins marandu, xaraés, massai, mombaça, Tanzânia, bem como a leguminosa Estilosantes Campo Grande e as cultivares Piatã e Tupi; trabalhos de manejo nutricional, sistemas de prevenção e diagnósticos de doenças dos bovinos, controle da verminose, da mosca-dos-chifres e do carrapato-do-boi, trabalhos nas áreas de reprodução e melhoramento genético das raças zebuínas, em economia e sistemas de produção e em busca por alternativas sustentáveis a unidade desenvolve dois sistemas revolucionários: o sistema de integração lavoura-pecuária e o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta, além de outras realizações.

Em 35 anos, o rebanho bovino praticamente dobrou, de 107 milhões para 208 milhões de cabeças, e a produção de carne subiu de 2,4 para 9,1 milhões de toneladas equivalente-carcaça. A idade de abate diminuiu de cinco anos para dois anos e meio e o número de animais em áreas de cerrado multiplicou por 10. Hoje se pode chegar até 20 vezes em sistemas intensivos, como os preconizados para integração lavoura-pecuária-floresta.

O Brasil importava carne, hoje, é o segundo maior produtor e desde 2004 é o maior exportador mundial. Em 2011, além de abastecer o mercado interno de 190 milhões de habitantes, com um consumo médio de 40 quilos por habitante por ano, foram exportadas cerca de 1,5 milhão de toneladas equivalente-carcaça para 139 países, com receita de 5,4 bilhões de dólares.

Esses dados e outros estão citados no livro “Gado de Corte em Retrato”, a ser oficialmente lançado nesta quinta-feira, durante a solenidade em comemoração aos 35 anos da instituição. O livro é dedicado aos atores da cadeia produtiva da pecuária de corte e à sociedade brasileira a quem a empresa inspira seus desafios.


Fonte: Portal do Agronegócio

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