23/4/2012
Ministro fala sobre o combate à febre aftosa e a força da agricultura brasileira no mundo

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho foi entrevistado nesta quinta-feira (19) no Bom Dia Ministro (coordenado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) e falou sobre as ações de combate à febre aftosa no Brasil e o início da vacinação de rebanhos em alguns Estados. Além disso, abordou o impacto da agricultura brasileira no país e no mundo.

"O agronegócio é, sem dúvida, o grande motor da economia do país e o grande responsável pelo superávit da balança comercial brasileira. Se o Brasil não tivesse essa contribuição do agronegócio, o país não teria o grande acúmulo de reservas que tem atualmente", afirmou. Mendes exemplificou o cenário com alguns indicadores. "O agronegócio representa cerca de 22,3% do PIB brasileiro. A agricultura responde por 70,4% do PIB do setor e a pecuária, por 29,6%. O setor emprega cerca de 30 milhões de pessoas, sendo que entre 16 e 17 milhões encontram-se no setor primário e o restante distribuído pelos diversos segmentos que compõem o agronegócio", disse.

Outra abordagem foi sobre a febre aftosa. O governo federal deu início à vacinação de rebanhos brasileiros contra a febre aftosa. Nesta semana, teve início a vacinação de bovinos e búfalos da Bahia e do rebanho de Rondônia com até dois anos de idade. Os pecuaristas baianos iniciaram a aplicação da vacina mais cedo, em razão da seca que atinge a região.

A segunda etapa da campanha - que prevê a imunização de todos os bovinos e búfalos de Rondônia - ocorrerá de 15 de outubro a 15 de novembro. Na Bahia, a mesma fase será realizada no mês de novembro, mas somente os animais com idade abaixo de 24 meses serão vacinados. A campanha de vacinação nacional faz parte das ações do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção contra a Febre Aftosa que buscam fortalecer a estrutura dos serviços veterinários oficiais em todo país. O objetivo do Ministério é avançar no território brasileiro para ser um território livre de aftosa até 2013.

Em outro ponto da entrevista, o ministro falou sobre a regionalização prevista pelo Ministério da Agricultura, que vai contribuir para um melhor acompanhamento e avaliação técnica das atividades, garantindo a qualidade dos serviços veterinários e a sanidade dos rebanhos em todo o país. As características do Brasil, que tem dimensões continentais e as mais diversas condições ambientais, culturais, sócio-econômicas e de sistemas produtivos pecuários, constituem verdadeiros desafios aos técnicos e gestores de programas sanitários. "É necessário um profundo conhecimento das particularidades e dos interesses e costumes das comunidades de cada região, bem como da dinâmica da produção e comercialização de animais e produtos para se definir ações e estratégias que atendam aos interesses locais, regionais e do país como um todo", afirmou.


Fonte: Boi Pesado

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