5/4/2012
Zebuínos: Coleta de amostras para formação de Banco de DNA terá início em maio

A partir do mês de maio, terá início a primeira fase do projeto, que culminará na formação de um Banco de Dados com DNA de animais zebuínos. O projeto, considerado estratégico para o Brasil, começará a ser desenvolvido a partir da parceria entre a ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), FAZU (Faculdades Associadas de Uberaba), Polo de Excelência em Genética Bovina e EPAMIG, apoiado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, com recursos da FAPEMIG.

A partir da autorização dos criadores, os técnicos da ABCZ farão a coleta de amostras de tecido auricular dos zebuínos machos, no momento do Registro Genealógico Definitivo (RGD). A coleta de amostra de uma das orelhas dos animais será feita com equipamento específico e de maneira imperceptível.

Após a coleta deste material, o mesmo será enviado a um laboratório onde será feita a extração do DNA do animal. Posteriormente, o DNA será armazenado em um banco, localizado no campus da FAZU em Uberaba/MG, com capacidade inicial para 28 mil amostras.

O projeto visa identificar o DNA das raças zebuínas para permitir o desenvolvimento de novas tecnologias e ferramentas para conhecer melhor a genética de cada raça, sendo inclusive, fonte para a seleção genômica. Além da contribuição científica, uma vez que as informações de DNA serão utilizadas com critérios para a realização de pesquisas em benefício dos criadores, o projeto terá ainda contribuição acadêmica para os futuros zootecnistas formados pela faculdade.

Para Sarita Bonagurio Gallo, coordenadora do curso de Zootecnia da FAZU e coordenadora do projeto, essa iniciativa abre portas para novas parcerias e novos projetos, inclusive, de desenvolvimento de novos produtos que podem vir a ser patenteados. Já a gerente do Polo de Genética, Beatriz Cordenonsi, explica que a armazenagem do material genético destes animais representa um resgate da história genética do zebu e destaca que este banco poderá ser utilizado como reserva de variabilidade genética em caso de perda de rebanhos causada por fatores como doenças que exijam sacrifício de populações (Doença da Vaca Louca, Febre Aftosa, entre outras), desastres ambientais, etc. "A criação deste banco também é importante como fonte de informações para pesquisa mundial sobre o genoma zebuíno", conclui Beatriz.

Nos próximos dias, a ABCZ enviará carta aos criadores para informá-los sobre a importância da contribuição deles neste projeto. “A intenção é que o Brasil comece a utilizar um procedimento que já é amplamente utilizado na seleção de bovinos em outros países como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e também na Europa. Temos a certeza que o banco de DNA trará inúmeras contribuições ao processo de seleção das raças zebuínas no Brasil”, sintetiza o superintendente Técnico da ABCZ, Luiz Antonio Josahkian.

O início do projeto foi definido na manhã de 30/03, na sede da ABCZ, em Uberaba/MG, com a presença de representantes do grupo gestor, entre eles Luiz Antonio Josahkian, Carlos Henrique Cavallari Machado, Rodrigo Pereira e Gleida Marques (ABCZ); Beatriz Cordenonsi e Melissa Miziara (Polo), Sarita Gallo e a aluna do 1º ano de Zootecnia, Teresa Mello (FAZU).



Fonte: Portal Argen

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