3/4/2012
Rússia libera cotas de importação e prioriza carne paraguaia à uruguaia

Há uma semana, após o Governo russo liberar 75% da cota de importação de carne, os frigoríficos uruguaios não puderam fechar novos negócios. Vinte e cinco por cento das cotas de importação de carne já tinham terminado em janeiro e os 75% restantes para 2012 envolvem um volume de 305.000 toneladas para outros países, onde o Mercosul tem fortes abastecedores.

“A Rússia, no entanto, não normalizou, presumimos que está tomando como primeira opção a carne bovina do Paraguai e outro que avançou um pouco na concretização de negócios é o Brasil que, ao aumentar o dólar, está oferecendo um pouco mais de carne”, disse o diretor comercial do grupo Tacuarembó/Mafrig, Marcelo Secco. A empresa é uma forte exportadora de carne bovina e miúdos para a Rússia.

A indústria frigorifica uruguaia almeja poder concretizar novas vendas nos próximos dias, porque estima que o Paraguai não tem um volume de carne tão grande para poder abastecer a demanda russa. Secco disse que sabe que foram fechadas algumas vendas do Brasil, mas de pouco volume. Entre a tonelada de carne bovina uruguaia e a paraguaia, há uma diferença de entre US$ 200 e US$ 300. Hoje, os importadores russos seguem optando pela carne paraguaia.

“Aos preços oferecidos hoje pelo Uruguai frente à carne paraguaia, é difícil fazer negócio. Teríamos que transferir isso ao gado e o mercado mal começou a reagir nesses dias com um pouco mais de oferta. Não é que seja impossível, seria transferir preço, em um momento em que sabemos que o Paraguai não cumprirá a oferta da Rússia”.


Fonte: BeefPoint

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