24/2/2012
EUA: gado importado contribui para a oferta doméstica de carne

A produção de carne bovina e suína dos Estados Unidos vem aumentando desde 1972. Mais carne bovina está sendo agora produzida com um rebanho menor do que em qualquer outro período da história dos Estados Unidos. Os pesos ao abate dos novilhos, novilhas, vacas e touros também aumentaram. Entretanto, parte do aumento da produção é de carne de animais importados pelos Estados Unidos para engorda e abate. A menos que seja levada em consideração, essa produção de animais importados torna obscuro o que pode ser dito sobre as mudanças na eficiência técnica na produção de carne bovina.

Maiores detalhes sobre os dados comerciais desde o começo dos anos noventa tornaram possível avaliar melhor a contribuição dos animais importados pelos Estados Unidos na produção de carne bovina. Como resultado, dados indicam que a quantidade de carne produzida por cada cabeça de animal de cria – na percepção de alguns, uma medida dos ganhos na eficiência técnica e melhoramento genético – vem aumentando desde 1972. Após ajustes para a carne bovina produzida de animais nascidos fora dos Estados Unidos, Brester e Marsh (1999) estimaram que a produção de carne bovina por cabeça nos Estados Unidos aumentou 26% nos últimos 25 anos, terminando em 1998. Em 1976, a produção comercial de carne bovina alcançou 11,64 milhões de toneladas, que incluíram um volume estimado de 225,43 mil toneladas de carne produzida por gado importado do Canadá e do México (Brester e Marsh, 1999). Depois de subtrair a carne produzida pelos animais importados, uma média de 207,3 quilos de carne bovina foi produzida pelas vacas dos Estados Unidos com base em um rebanho de 54.971 milhões de vacas (1o de janeiro de 1976).

Estendendo a metodologia de Brester-Marsh além de 1998 – o ponto final de seu estudo original -, o aumento na produção de carne bovina por vaca dos Estados Unidos foi de 44% de 1972 a 2010. No ano mais recente de pico de 2008, 12 milhões de toneladas de carne bovina foram produzidos, 710 mil toneladas dessa carne sendo atribuídos ao gado importado do Canadá e do México. Novamente ajustando para a carne bovina de animais importados, uma média de 600 libras (272 quilos) foram produzidas por vaca dos Estados Unidos no rebanho total de 1o de janeiro de 41.692 milhões de vacas.

Os pesos médios ao abate inspecionados pelo Governo Federal e reportados pelo Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas (NASS) aumentaram firmemente durante o tempo. Os pesos anuais médios ao abate para todos os bovinos em 1970, que foram em média 282 quilos por cabeça, aumentaram quase 26%, para 356 quilos em 2009, os maiores pesos médios anuais até agora. As medidas do peso ao abate em ambos os anos incluem os efeitos do gado importado.

Os Estados Unidos dependem de fontes estrangeiras para uma porção significante de suas carnes vermelhas. Essas fontes incluem carne importada diretamente na forma de carne e a carne produzida nos Estados Unidos a partir de animais importados. Para a carne bovina, as fontes externas representaram 8,2% (1974 e 1975) até 18,2% (2005). Mesmo durante o período de 2003 a 2005, quando as importações de gados do Canadá foram restritas devido à EEB. A carne bovina de fontes estrangeiras representou 14,6% a 18,2% das ofertas de carne bovina dos Estados Unidos. Para 2011, as importações cumulativas de gado canadense pelos Estados Unidos foram 35% menores com relação ao ano anterior que em 2010, enquanto as importações de gado do Canadá foram 20% menores com relação a 2010. Durante o mesmo período, as importações de gado do México aumentaram mais de 16%. Em 2011, a carne bovina estimada (por esse método) produzida pelos animais importados pelos Estados Unidos do Canadá e do México combinados com toda a carne bovina importada pelos Estados Unidos representaram cerca de 11% das ofertas totais de carne (excluindo os estoques iniciais congelados e a produção nas fazendas). Isso foi menos que os quase 13% de 2010 devido às menores importações de gado do Canadá.


Fonte: BeefPoint

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