17/2/2012 Confinamento poderá dobrar nos próximos 5 anos
Estimativa se baseia em novos projetos e histórico de crescimento da atividade.
O confinamento no Brasil passará de 3 milhões, em 2011, para 6 milhões de cabeças em 2016. Esta é a expectativa de Paulo Molinari, consultor de Safras & Mercado. “Basta analisar os últimos 10 anos e ver a quantidade de projetos de engorda intensiva iniciados no Brasil ultimamente”, justifica.
A Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) estima que, atualmente o rebanho confinado atinja 4 milhões de animais. Eduardo Alves de Moura, presidente da entidade, pretende incrementar a base de dados sobre a atividade no Brasil. “Em 2012 realizaremos um censo entre os confinadores para determinar um número exato da atividade no País.”
Novo líder
Goiás encabeça a lista dos maiores confinadores brasileiros com 950 mil cabeças/ano, enquanto o Mato Grosso atingiu 763 mil animais. Porém, o segundo colocado registra crescimento de 548% nos últimos sete anos. “A liderança é uma questão de tempo, já que temos todas as condições favoráveis para o setor”, analisa Luciano Vacari, superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).
Para o presidente da Assocon, a alteração é esperada ainda para 2012. “Creio que o Mato Grosso se tornará o primeiro por ter o maior rebanho e por ter fronteiras a serem transformadas em agricultura, exigindo mais confinamento, perda de pastagem devido à seca e pragas, demanda de carne de maior qualidade e menor preço do milho”, comenta.
Molinari salienta que o crescimento do confinamento deverá se manter em projetos médios e pequenos, já que os maiores sucumbiram. “Os mega confinamentos não se mantiveram. Serão adotados pequenos e médios, conforme cada região, entre 300 e 5 mil animais”, avalia.
Sobre o investimento dos frigoríficos em projetos particulares, o consultor acredita que o cenário atual se manterá, com pequenos confinamentos próprios ou em parceria com pecuaristas. Desta forma é possível, garantir a quantidade para suprir as escalas sem que a indústria fique vulnerável aos altos e baixos do mercado.
Fonte: Portal DBO
Voltar
|