20/1/2012
Carne bovina brasileira quer mais espaço

Otimista com os resultados do ano passado, setor mira novos mercados, especialmente para cortes nobres em 2012A indústria exportadora de carne começa 2012 mais otimista. Depois de um ano onde o volume exportado registrou queda de 10,8% e fechou em 1,09 milhão de toneladas, mas o faturamento em dólares cresceu 11,65% e chegou aos US$ 5,375 bilhões, as boas expectativas prevalecem.

Para este ano, trabalhamos com a meta de crescimento de 20% em receita e 10% em volume, afirma Antonio Jorge Camardelli, presidente da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (ABIEC).


Os dados divulgados são relativos a 2011 e mostram que enquanto mercados como Rússia e União Europeia registraram queda no volume de carne adquirido do Brasil, outros como Hong Kong, Angola, Chile e Venezuela tiveram alta nas importações. Chile e Venezuela passaram a comprar mais do Brasil por causa dos focos de febre aftosa no Paraguai, explica Camardelli.


Por outro lado, o aumento no volume das exportações para Angola é resultado do trabalho do setor para acessar mercados pouco representativos até o momento, mas com potencial de compra significativo. Com isso, o país do sudoeste africano aumentou o volume de carne adquirido do Brasil, saltando das 8,7 mil toneladas em 2010 para 13,2 mil toneladas no ano passado.


Outros mercados que estão na mira do Brasil, mas para a venda de carnes nobres são Japão, Coreia do Sul, Taiwan, México, Estados Unidos e Canadá. São mercados em potencial para estes cortes e que devem ser trabalhados, diz Camardelli.


Ivermectina


Questionado sobre os indícios de resíduos do vermífugo na carne bovina brasileira, Camardelli assinala que um dos maiores problemas é a existência de produtos que são vendidos sem os devidos registros e autorizações.


Além disso, mesmo com controle e testes, não há nada que garanta 100% a isenção de resíduos na carne. Mesmo assim, o Brasil investiu recursos para que análises sejam feitas a fim de garantir o mínimo possível de resíduo. Esses investimentos significam maiores custos e consequentemente aumento do preço médio da carne na hora de exportar.

Fonte: IEPEC

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