18/1/2012
Exportação de carne bovina ao Chile dobra em 2011

Volume embarcado cresceu 66% e preço médio subiu 21% sobre 2010.

A receita com as exportações de carne bovina para o Chile em 2011 aumentou 101,41%, passando de US$ 103,716 milhões em 2010 para US$ 208,899 milhões, informa a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Em volume, os embarques cresceram de 21,40 mil toneladas para 35,50 mil toneladas, avanço de 65,92%. Já o preço médio subiu 21,39%, para US$ 5.883/tonelada.

“Não é salutar falar que o Brasil está tirando vantagem por conta da suspensão dos embarques do Paraguai ao país pelos focos de febre aftosa. A doença ocorreu no nosso continente e fazemos fronteira com o Paraguai, o que não nos tira do risco”, destacou o presidente da associação, Antonio Camardelli, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (17). ”Mas não há como negar que o fato impulsionou a venda de nosso produto ao país”, completou.

O primeiro foco de febre aftosa em bovinos no Paraguai foi confirmado em setembro do ano passado. Naquele mês, o Brasil teve receita cambial com o Chile de US$ 17,895 milhões. Em outubro, esse valor passou para US$ 41,351 milhões; em novembro ficou em US$ 32,151 milhões e, em dezembro, de US$ 29,405 milhões.

A Abiec está confiante na retomada dos volumes históricos vendidos à Rússia, principal mercado da carne bovina brasileira. “Mesmo com a entrada do país na Organização Mundial do Comércio (OMC), houve manutenção das cotas e a sinalização é de reversão do embargo e aumento de habilitações. A Rússia sempre foi um mercado que comprou bem e nunca foi inadimplente e não é um problema técnico”, afirmou Camardelli.

Em 2011, a receita cambial com a Rússia caiu 1,04%, para US$ 1,060 bilhão. Em volume, houve queda de 19,45%, para 237,54 mil toneladas. Já os preços médios subiram 22,85%, para US$ 4.464/tonelada. Hoje, de acordo com a Abiec, com base nas informações do site do serviço veterinário russo, o Rosselkhoznadzor, há 114 estabelecimentos (que incluem abatedouros, entrepostos, entre outros) aptos a exportar ao país. Desses, 58 estão embargados, 27 autorizados, mas com maior controle pelas autoridades russas e 29 permitidos sem restrição.





Fonte: Sou Agro

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