11/1/2012
Argentina produz 650 mil toneladas de carne a menos do que em 2005

Comparado a 2005, a Argentina deixou de produzir cerca de 650 mil toneladas de carne, representando valor de US$ 2,35 bilhões, segundo um trabalho da CARTEZ, confederação que agrupa associações rurais de Córdoba.Os números do mercado de carne bovina da Argentina estão entre os mais baixos da história.

Para Néstor Roulet, presidente da entidade, 2011 finalizou com uma produção de carne de cerca de 2,48 milhões de toneladas. Em 2005, o último ano em que o mercado não esteve sob intervenção do Governo, a Argentina produziu 3,13 milhões de toneladas.

Para o cálculo, analisou-se o preço médio de cada tonelada de carne exportada esse ano, que foi de US$ 4.897 toneladas, e se multiplicou pela diferença de volume entre o que se exportava em 2005 e as vendas externas atuais.

Em março de 2006, o governo da Argentina, cujo presidente era Néstor Kirchner, decidiu fechar as exportações de carne bovina e o secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, passou a regular o fluxo de vendas ao exterior, entre outros controles pecuários.

As exportações de carne foram afetadas: em 2005, foram exportadas 740 mil toneladas de carcaça com osso. Em 2011, as exportações foram de cerca de 260 mil toneladas. Os especialistas recordam que nem com a crise da febre aftosa foi exportado tão pouco, um terço do que se vendeu em 2005.

"Passamos de 70 quilos de carne por pessoa por ano para 50 quilos atualmente", disse Roulet, analisando o impacto das medidas restritivas. O rebanho na Argentina também diminuiu entre 11 e 12 milhões de cabeças. Em 2009, como consequência dos controles de exportação e da seca, os produtores se desfizeram dos animais, porque a rentabilidade não compensava, o que reduziu o rebanho.

O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) disse que até o final de outubro as exportações de carne bovina representaram em valor US$ 1,268 bilhão. Somente 22 frigoríficos exportam e, entre eles, conta-se com os brasileiros Quickfood (Marfrig) e JBS. Por outro lado, a quantidade de plantas ativas baixou de 506 há três anos para 386 que constituem grandes e médios frigoríficos e abatedouros.



Fonte: Beefpoint

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