7/11/2011
Livro traça uma década da pecuária de corte

Foi lançado recentemente o livro Bovinocultura de Corte: Cadeia Produtiva e Sistemas de Produção, do Professor Júlio Otávio Jardim Barcellos e colaboradores do grupo Nespro. A obra é resultado de artigos técnicos e de opinião, bem como resultados de pesquisas nas áreas da cadeia produtiva, sua conjuntura e estratégias, passando pelo sistema de produção e a ênfase especial aos sistemas de cria. O professor Júlio Barcellos ressalta que a informação cobre uma década. Portanto, a mensagem deve ser interpretada e compreendida dentro de um contexto temporal. Criado em maio de 2006, o Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (Nespro) é constituído por professores, pesquisadores, alunos de pós-graduação e graduação vinculados a Universidade Federal do Rio Grande do Sul que atuam no setor de bovinocultura de corte e na cadeia produtiva da carne bovina.

De acordo com os trabalhos feitos pelos pesquisadores, a pecuária de corte brasileira, numa análise retrospectiva, era caracterizada pelo atraso, resistência às inovações tecnológicas e gestão arcaica o que marcou negativamente a atividade ao longo de várias décadas. Contudo, a bovinocultura de corte contrapõe-se fortemente a essa situação e passou a utilizar importantes inovações na gestão e no uso de tecnologias. A convivência com a estagnação da pecuária deve-se ao fato do efetivo bovino ter servido de reserva de capital durante a época de inflação, além de ter sido o principal instrumento de consolidação das fronteiras agrícolas do país.

Já nos últimos anos foi passando por profundas modificações. São observadas alterações significativas na sua produção e produtividade. A ampliação das fronteiras agrícolas no Centro-Oeste e no Norte do país permitiu um crescimento acentuado do efetivo bovino. Este crescimento foi acompanhado de um considerável aumento nos indicadores tecnológicos de produtividade e de eficiência dos sistemas de produção.

Durante essa década novas tecnologias de produção foram consolidadas e difundidas aos sistemas produtivos. Processos tecnológicos como a suplementação estratégica, o semi-confinamento, o uso das misturas múltiplas, os cruzamentos, novas variedades forrageiras, entre outros, permitiram encurtar o ciclo de produção. Associado a tudo isto, foram incorporados métodos de gestão tecnológica, agora integrado.

Fonte: Portal Rural Centro

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