7/11/2011
Dois milhões de doses contra aftosa estragam no Pará

Um carregamento contendo cerca de dois milhões de doses de vacina animal, a maior parte contra febre aftosa e o restante contra brucelose serão incineradas pela Adepará (Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará). As vacinas foram condenadas por terem sido violadas ao chegarem a Redenção, na última terça-feira (1). Os prejuízos foram avaliados em cerca de R$ 3 milhões.

De acordo com o diretor operacional da Adepará, Sálvio Silva, as carretas conduzindo o carregamento de vacinas procediam do vizinho Estado do Tocantins, mas a origem da carga permanecia indefinida até ontem.

Segundo Sálvio Silva, a empresa responsável pelo transporte não adotou os procedimentos necessários para a conservação do produto. O problema é que, segundo a polícia, ao chegarem a Redenção, os funcionários da transportadora pararam o veículo em uma área isolada da cidade e começaram a abrir as caixas de isopor, onde estavam armazenados os frascos com as doses de vacinas, para tentar refrigerá-las com gelo.

“Esse trabalho era para ter sido feito durante toda a viagem e não quando chegasse aqui”, disse a veterinária Ana Léa Moreira Martins, que é fiscal estadual agropecuária da Adepará.

O material era destinado aos municípios de Redenção, Xinguara, Tucumã e São Félix do Xingu. A irregularidade foi descoberta pelo investigador Aarão, da Polícia Civil, que recebeu uma denúncia anônima. Técnicos da Adepará também foram chamados ao local e constataram a irregularidade. Segundo Ana Léa Martins, todas as providências serão adotadas. “Como a eficácia da vacina foi comprometida, o produto será incinerado”, ressaltou.

Ainda de acordo com ela, isso não vai atrapalhar em nada o andamento da campanha contra a febre aftosa, que acontece até o dia 30 de dezembro. Ana Léa explicou ainda que só em Redenção existem dois milhões de doses de vacinas em nove lojas de revenda agropecuária.

Investigação

O delegado Clóves Cesar, superintendente da Polícia Civil do sul do Pará, esteve no local e coordenou a apreensão do veículo e das vacinas, entregues à Adepará. Ele disse que o crime será investigado. “Será preciso verificar se o problema da má conservação ocorreu na origem ou durante a viagem”, disse Sálvio Silva.



Fonte: www.nelore.org.br

Voltar