24/8/2011
Embrapa Pecuária Sul mostra as raízes de um sistema pecuário sustentável

Na Expointer 2011, a Embrapa Pecuária Sul vai mostrar como o manejo correto do campo, além de melhorar o potencial produtivo, também pode beneficiar o solo e, consequentemente, todo o sistema de produção pecuária.
Monolitos de solo de campo nativo serão expostos em caixas de vidro de 50 cm de altura, 50 cm de largura e 30 cm de profundidade no estande da Unidade na Casa da Embrapa. O monolito que tem o campo mais alto, resultado de um manejo adequado, evidencia raízes mais ativas e profundas. Já o monolito com campo mais baixo, em decorrência do pastoreio excessivo, apresenta raízes menos ativas e mais superficiais.
“Essa é uma nova forma de enxergar o campo nativo, não apenas como alimento para os rebanhos, mas como provedor de outros serviços ambientais”, diz o pesquisador Leandro Volk, da Embrapa Pecuária Sul, doutor em Ciência do Solo. Junto com outros pesquisadores da unidade, ele observa diversas possíveis contribuições do campo nativo e do sistema radicular para o ambiente, e acrescenta que metodologias de pesquisa estão sendo desenvolvidas para avaliar com maior precisão o comportamento das raízes das espécies forrageiras nativas.
“Há indícios de que o correto manejo do campo nativo leva a uma alteração também da dinâmica do sistema radicular, o que pode determinar maior acúmulo de carbono orgânico, mais resistência à compactação pelo pisoteio dos animais e mais atividade biológica. Além disso, o aumento de matéria vegetal no solo lhe garante maior porosidade, permitindo a infiltração de água, uma vez que as raízes que morrem deixam o caminho livre para essa infiltração”, explica.
O que também se observa, segundo o pesquisador, é que quanto maior o volume de solo ocupado pelas raízes ativas, maior a disponibilidade de nutrientes, além de maior eficiência no aproveitamento da água disponível no solo, garantindo assim mais resistência das plantas aos períodos de seca.



Fonte: Portal Cultivar

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