24/3/2006
Agricultor gaúcho deve R$ 9 bilhões


Segundo o gerente de agronegócio da superintendência estadual do BB, José Kochhann Sobrinho, R$ 4,08 bilhões vencem em 2006, a maior fatia a partir de junho, após a colheita de boa parte das safras de arroz, soja e milho. A expectativa do BB é manter a inadimplência histórica de 1%, mas Kochhann reconhece que o momento é delicado. Se absolutamente nada for feito, não será possível manter a adimplência nos mesmos patamares.

Pelos cálculos do presidente da Farsul, Carlos Sperotto, o endividamento chega a R$ 12 bilhões, somando os bancos privados. Segundo o dirigente, num esforço máximo, o setor conseguiria pagar a metade desse valor e ficaria descapitalizado. O relatório do BB aponta que a venda da safra das principais culturas renderá ao produtor gaúcho algo em torno de R$ 13 bilhões.

Mas, o presidente da Fetag, Ezídio Pinheiro, diz que, nesta conta, ainda é preciso incluir dívidas com fornecedores, comércio e cooperativas. Segundo a Fetag, nos últimos 11 anos, o custo para a aquisição de uma máquina aumentou mais de 100%. Em 1995, se precisava de 100 sacas de soja para comprar um trator. Agora, precisaram 210, destaca. A Fetag pretende reunir hoje oito mil produtores em Carazinho e Ijuí para brigar por prorrogações de dívidas por seis anos. Não adianta empurrar para o ano que vem. De acordo com o BB, somente no Pronaf, as contas dos pequenos agricultores somam R$ 2,19 bilhões. A federação espera 30 mil participantes para as oito mobilizações previstas. (fonte: Correio do Povo)


Fonte: Clube do Fazendeiro

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