24/3/2006
MT terá mesmo novo programa para o arroz

A diferença entre o PEP e Prop é que no primeiro, o governo federal subsidia parte do frete pago para incentivar as indústrias a fazer o escoamento da safra excedente do estado. No segundo, o governo continua a subsidiar parte do frete, mas também oferece tanto para as indústrias como para os produtores várias facilidades técnico-operacionais”

O presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Alimentação de Mato Grosso (Siamt), Marco Antônio Lorga, comemora a inclusão do produto no novo programa e afirma que agora, empresários e produtores vão ter que se adaptar a essa nova forma de negociação do arroz. “Vamos poder oferecer aos produtores um preço justo pelo produto, pois a diferença vai ser bancada pelo governo federal, com isso esperamos que essa crise que se instalou nesse setor fique para trás”, comenta.

Durante a tarde dessa quinta-feira (23-03) uma palestra sobre o Prop, voltada para produtores e indústrias, foi realizada no auditório do Ministério da Agricultura, em Cuiabá, com a finalidade de esclarecer todas as dúvidas dessas duas classes em relação a nova forma de comercialização. Para surpresa de todos, não havia nenhum produtor participando da palestra, ao contrário dos representantes das indústrias, que compareceram em massa.

O primeiro leilão a ser realizado de acordo com as normas do PROP, acontece hoje na Bolsa de Cereais e Mercadorias de Cuiabá, onde serão comercializadas 10 mil toneladas de arroz. De acordo com o presidente de Siamt, os leilões para comercialização do produto acontecerão uma vez por semana.

Entenda como o Prop será promovido

O funcionamento do Prêmio de Risco para Aquisição de Produto Agrícola Oriundo de Contrato Privado de Opção de Venda (Prop) acontece da seguinte maneira: o governo lança, por meio de leilões públicos, o prêmio de risco com foco para indústria, e, num segundo momento, a indústria lança os contratos para o produtor que adquire o Prop e ganha o direito de vender para as indústrias a um preço de referência, baseado no preço mínimo estabelecido pelo governo federal.

Para muitos, o plano não agradou, pois ele dá direito ao escoamento da safra de arroz apenas para região Nordeste. O empresário, Francisco Garcia Manzano, proprietário da indústria MM Arroz, se sente prejudicado pelo programa adotado, já a maior parte do produto dele vai para os estados de São Paulo, Goiás, Tocantins, Maranhão e Minas Gerais. “Tenho 42 funcionários e por conta desse novo sistema vou ter que demitir aproximadamente 20 pessoas e diminuir a produção pela metade”, disse. (fonte: Folha do Estado)


Fonte: Clube do Fazendeiro

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