8/4/2011
Abrafrigo diz que número de frigoríficos no país é excessivo

Solução seria vetar os investimentos na área
Em estudo realizado pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) constatou-se que há excessos no número de frigoríficos no País. A Abrafrigo avalia que o grande número de empresas abatedoras de bovinos, pode ser uma das causas do aumento de frigoríficos em recuperação judicial.
O último caso de pedido de recuperação foi apresentado pelo frigorífico Mataboi, que por conta de uma dívida de R$360 milhões, fechou a unidade em Três Lagoas, provocando a demissão de 500 trabalhadores.
Para a associação, a crise nos frigoríficos começou em 2005, com focos de febre aftosa em Japorã e Eldorado, em Mato Grosso do Sul. O surto de aftosa refletiu nas exportações e no preço da arroba do boi, que descapitalizou o setor.
Visando paralisar a crise e garantir a sobrevivência das plantas frigoríficas já existentes, a Abrafrigo pede a adoção de sete medidas, como linhas de financiamento para os produtores e a suspensão de recursos do BNDES para novas empresas, o que reduziria a ociosidade no setor.
Péricles Salazar, diretor -executivo da Abrafrigo, defende que a suspensão dos créditos, para novos empreendimentos frigoríficos, seja feita em todo o país pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Sustentável (BNDES). O argumento utilizado é o de que a ociosidade média no setor é de 40%, por conta do grande número de plantas frigoríficas existentes.
A baixa oferta de gado no pasto e a concorrência do setor atacadista de carnes, explica a ociosidade. No entanto, o mercado consumidor não dá conta da demanda, o que eleva o preço do produto.
Além da contenção de créditos destinados a novas empresas do setor, a Associação pede ainda que outras medidas sejam cumpridas no setor. Uma delas seria a criação, pelo BNDES, de linhas de crédito para empresas em dificuldade, desde que as mesmas ofereçam garantias reais.
Outra sugestão, seria a criação de medidas compensatórias para frigoríficos exportadores diante da elevada apreciação do real. Por fim, a elaboração de um planejamento de longo prazo, entre o setor público e o setor privado, para diagnosticar problemas conjunturais e escriturais, através da elaboração de políticas públicas para o crescimento e desenvolvimento sustentável.




Fonte: Portal Site da Carne

Voltar