20/3/2006
Brasil tem espaço para produzir mais alimentos, aponta Turra em livro

O lançamento na Expodireto é importantíssimo e motivo de orgulho para a Cotrijal, especialmente por ter sido elaborado por Turra, uma liderança tão significativa para o agronegócio nacional”, elogiou o presidente da cooperativa, Nei César Mânica.

A solenidade contou com a presença de várias autoridades, como o deputado federal Luiz Carlos Heinse, os deputados estaduais Vilson Covatti e Jerônimo Goergen, além de prefeitos, dirigentes do setor e produtores.

Na publicação, os autores indicam que a produção mundial de cereais deverá avançar lentamente nos próximos anos, abaixo da média do crescimento demográfico global. A disponibilidade média por habitante desse grupo de produtos tende a cair 8,6%, até 2025. “Apesar de tênue, esse indicador o processo de mudança na estrutura da dieta média da humanidade”, lembrou Turra, que foi ministro da Agricultura no Governo Fernando Henrique Cardoso. “A produção de grãos deve sustentar um crescimento médio anual da ordem de 1,4%, nas próximas duas décadas, enquanto o consumo per capita, direto ou indireto tende a se expandir em torno de 15% até 2025. Ou seja, pouco mais de 65 g adicionais por pessoa que, para fins mais palpáveis, pode ser comparado a uma colher e meia de arroz”, comentou Starosta.

Na obra, da Editora Berthier, de Passo Fundo, os autores mostram que se fosse juntada uma grande balança toda a produção agropecuária em 2004, teríamos 5.388 bilhões de toneladas de produtos vegetais e 941 bilhões de toneladas de mercadorias de origem animal, de acordo com os dados FAO. Naquele ano, cada habitante do mundo teria, em média, a sua disposição 2,71 kg de alimentos, diariamente.

O futuro do agronegócio nacional

A obra analisa 102 produtos que figuram no topo do ranking global no que se refere ao consumo em ritmo de crescimento da demanda no Brasil. Dos produtos selecionados, nosso país é responsável pelo abastecimento de mais de 5% das importações globais em nove mercadorias. Igual número se aplica à faixa entre 1% e 5%, restando a maioria dos 84 segmentos produtivos (82% do total) nos quais a participação brasileira é inferior a 1%.

“Os números deixam claro que apesar de todo o nosso potencial, a competitividade brasileira no agronegócio é restrita a um pequeno número de exemplos de sucesso que não são suficientes para garantir a perspectiva de hegemonia no longo prazo“, concluiu Turra. (fonte: Ass. Imprensa Dep. Turra)


Fonte: Clube do Fazendeiro

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