2/8/2010
Aumento do preço dos grãos afeta carnes

O aumento constante dos preços dos grãos desde o final de junho estão começando a influir nos custos de produção de carne e aves. O analista da BB & T Capital Markets, Heather Jones, estima que os preços dos alimentos subiram cerca de 2,5 centavos de dólar por libra (0,45 quilogramas) para os produtores de suínos e de 1,5 a 2 centavos por quilo para os produtores de frango. Em uma nota aos investidores, Jones informou que até agora não houve repasse dos valores para os preços finais dos suínos e frangos. Ele também prevê que haverá recuperação no preço dos suínos nos próximos trimestres dada a oferta restrita global e o equilíbrio entre produção e a demanda. Já no caso das aves, ele é menos confiante sobre novas margens por causa do consumo controlado e uma produção crescente. De fato, os preços do milho influíram na decisão de Jones para reduzir o lucro trimestral por ação projetado para a empresa Sanderson Farms no quarto trimestre do ano e em 2011. "Acreditamos que (Sanderson Farms) esteja coberta com o milho da safra atual para o resto do ano, mas provavelmente tem pouca, ou nenhuma, cobertura da nova safra que vai entrar no mercado", alertou.

E parece que a Rússia simplesmente não pode ficar de fora da equação carne americana e a indústria de aves dos EUA. A última preocupação envolve as perspectivas sombrias para o trigo da antiga União Soviética. No ano passado, o país ofertou 17% a mais na oferta global de trigo, o que representou cerca de 27% do comércio mundial do grão, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Alguns analistas estão prevendo que a safra deste ano ficará 26% abaixo do ano passado. O consultor de commodities David Maloni faz a ligação entre o trigo da Rússia, o milho e suprimentos globais em seu blog para a entidade que representa os resturantes do país (Restaurant Association's Center). Uma vez que a maior parte do trigo cultivado será utilizada para a alimentação, a sua escassez poderia traduzir-se em fontes de redução global de milho para o nível mais apertado dos últimos 24 anos. "Estamos ouvindo que o rebanho russo pode ser menor do que as expectativas iniciais, o que poderia trazer um aumento do comércio de proteína com os EUA", examinou Maloni. Os analistas de Pecuária Steve Meyer e Len Steiner concordaram. "A Rússia já é um dos maiores importadores de carne bovina, suína e de aves no mundo e a seca apenas agravar ainda mais a demanda de proteínas do país", apontaram.


Fonte: fonte: MeatingPlace (Tradução Redação AnimalWorld)

Voltar