20/3/2006
Informação correta para cuidar da saúde dos eqüinos


Uma destas crendices é apresentada pelo médico veterinário Antônio Fernando Amorim Farias, que enviou uma mensagem à Merial, relatando uma inusitada ocorrência para tratamento de habronemose cutânea, caracterizada por ferimentos de cicatrização difícil e determinada pelo ciclo de vida errático dos vermes gástricos dos gêneros Habronema spp. e Draschia sp. Estes vermes necessitam durante o seu ciclo de vida de hospedeiros intermediários para que sejam atingidos seus estágios infectantes para os animais. Neste caso os Hospedeiros Intermediários são moscas, como a mosca doméstica, por exemplo. Assim os vermes adultos que encontram-se no estômago dos equinos infectados eliminam os ovos no ambiente através das fezes destes animais. No ambiente, moscas podem empregar as fezes dos equinos, infectados pelo verme, em seu ciclo de vida, realizando a postura de ovos locais. Assim as larvas das moscas desenvolvem-se no bolo fecal e ao se alimentarem podem ingerir os ovos do verme que ali se encontram. À medida que desenvolvem-se as larvas das moscas, também ocorre o desenvolvimento das larvas do verme em seu interior, de tal forma que quando novas moscas emergem do pupário, já conterão as larvas infectantes do Habronema spp na cavidade bucal. No ciclo de vida normal do verme, os animais de infectam ao ingerir as moscas contendo as larvas do Habronema spp. Entretanto, as moscas podem buscar ferimentos, ou mesmo mucosas para se alimentarem das secreções que dali emanam e neste caso, caso contenham as lavas de Habronema spp na cavidade bucal, tais larvas estimuladas pela temperatura, dentre outros fatores, deixam a mosca e invadem o ferimento. Como este não é o local usual para que o ciclo de vida do verme se complete originando novos exemplares adultos, as larvas aprofundam-se nas feridas e de tempos em tempo realizam migração, determinando “abertura” do ferimento que encontravam-se falsamente cicatrizados. Obviamente a exposição dos ferimentos os predisporá a novas infecções por larvas de Habronema spp, pois os tornaram novamente atrativos para moscas.

Banha de sapo foi a sugestão recebida. Ao entender que um cavalo que inicialmente aparentava estar com habronemose, uma destas pessoas que ficam dando sugestões de tratamentos disparou: “eu vi um caso igualzinho a este, e curei com banha de sapo”. Quando eu perguntei: Como assim? ele respondeu: “doutor, nós lavamos a ferida com sabão amarelo e em seguida amarramos um sapo morto com a barriga aberta em cima da ferida; não tem erro, cura mesmo”. Resultado, não sobrou nenhum sapo cururu na região dele.

Outras tentativas, que se pode chamar de “crendices” são as tentativas terapêuticas sem resultados, como: aplicação de sulfato de cobre, iodo no local da ferida, queimar com ferro quente e cortar com canivete, e também a aplicação de “querosene” por via endovenosa. No entanto, o médico veterinário Antonio Farias iniciou o tratamento com o antiparasitário Eqvalan® Gold. “Espantado, decidi relatar o acontecimento, porque não é preciso nada tão complicado para o tratamento. Podem ser utilizados princípios ativos dos mais diversos, sejam diretamente na ferida, sejam até mesmo por via oral ou injetável na tentativa de ”curar” a ferida por habronemose.

Protocolo ideal de tratamento:

1º passo: Tratar a ferida: limpar o ferimento em caso de feridas com necroses ou intenso tecido granulomatoso, solicitar a presença de um médico veterinário para que retire cirurgicamente a maior parte do tecido de granulação, tratar a ferida por meio de medidas cicatrizantes, utilizando usuais cicatrizantes tópicos, repelentes, limpando duas vezes ao dia e evitando a reinfestação das moscas.

2º passo: Eliminar a larva, tanto no estômago quanto eventualmente nos ferimentos, aplicando entre dois e três tratamentos orais, com intervalo de 7 dias entre os tratamentos, Eqvalan® ou Eqvalan® Gold. Para prevenção de novos casos, Protocolos Sanitários adequados deverão ser implementados.

A indústria veterinária tem registrado excelentes avanços quanto ao tratamento da saúde dos eqüinos, porém mesmo com os avanços obtidos, ainda é comum observarmos práticas sanitárias inadequadas, algumas até agravantes dos problemas, que poderiam ser facilmente resolvidos com os medicamentos disponíveis no mercado. “Devido muitas vezes à falta de informações, não raro se procura minimizar a dor do cavalo com ”técnicas baseadas em folclores e crendices populares”, comenta Malacco.

Visando contribuir para o controle sanitário adequado dos eqüinos, a Merial dispõe de um canal de relacionamento (www.merial.com.br) com os médicos veterinários, criadores ou treinadores brasileiros. Além disso, a empresa conta com ampla linha de antiparasitários e antiinflamatórios altamente eficazes. “Esse trabalho de informação é fundamental para o correto manejo sanitário dos eqüinos”, comenta Malacco, que também recebe diariamente mensagens de criadores, proprietários e até técnicos relatando fatos ou solicitando esclarecimentos. (fonte: Texto Assessoria de Comunicações)


Fonte: Clube do fazendeiro

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