18/5/2010
A pecuária e a sustentabilidade durante Feicorte 2010

A 16ª edição da Feicorte, em parceria com empresas de diversos ramos de atuação no agronegócio, promoverá o projeto “Pecuária Sustentável – Sim é Possível”, com o objetivo de demonstrar que a pecuária é sustentável por natureza.

O tema ganhou espaço na mídia e nos bastidores da cadeia produtiva. Em função disso, apresentamos um balanço da questão da sustentabilidade da pecuária nacional.

De acordo com estimativas da ONU (Organização das Nações Unidas), a população mundial deverá ser de 9 bilhões de pessoas até 2050.Norman Borlaug, ganhador do Prêmio Nobel da Paz e pai da Revolução Verde, pouco antes de seu falecimento, estimou que teremos que produzir mais alimentos nos próximos 50 anos do que nos últimos 10.000.Esse é o desafio da agropecuária no futuro próximo. E mais do que isso, deverá superá-lo de forma ambientalmente correta, economicamente viável e socialmente justa. Afinal, a sustentabilidade sempre foi um pré-requisito do sistema produtivo.Por definição, desenvolvimento sustentável é um conceito relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Ou seja, as exigências da atual geração devem ser atendidas de forma que as das gerações futuras não sejam comprometidas.Olhando para a pecuária, motivo maior da Feicorte, notamos que o boi brasileiro, já corretamente produzido em pasto, privilegiando o bem estar animal e a sanidade - o boi verde - vem sendo atacado. O principal argumento é o de que os bovinos são responsáveis pelo aquecimento global, através da emissão de gás carbônico proveniente do desmatamento e do metano da fermentação ruminal. O argumento é parcial, pois se detém na emissão e não no balanço do que é emitido e do que é seqüestrado. Falta alicerce científico, além da sobrecarga de culpa imputada à atividade, como no caso do desmatamento. A responsabilidade deve obrigatoriamente permear a discussão.O complexo agroindustrial do boi no Brasil mostra sua importância nos números. Segundo estimativa da Scot Consultoria, esse complexo sustenta dezenas de segmentos industriais, produz quase 10 milhões de toneladas de alimento por ano, responde por 20 milhões de empregos e injeta mais de US$5 bilhões na economia, só com as exportações. A pecuária é uma atividade que sempre foi desafiada. Enfrenta a valorização das terras, a elevação dos custos, pressões externas de origens diversas e a concorrência com outras atividades agrícolas. No entanto, a atividade em si tem soluções para se desenvolver de maneira sustentável, sob todos os pontos de vista.Para os profissionais envolvidos, está claro que o aprimoramento da atividade passa pela incorporação de tecnologia e da profissionalização da gestão. Os ganhos sob a ótica ambiental são imensos. O aumento de produtividade traz a otimização do uso das terras, eficiência no seqüestro de carbono pelo solo e pastagens, e o encurtamento do ciclo de produção. As perspectivas são excelentes, basta o uso do conhecimento existente. E o temos em quantidade e qualidade suficientes.Por Gustavo Adolpho Maranhão AguiarDe acordo com estimativas da ONU (Organização das Nações Unidas), a população mundial deverá ser de 9 bilhões de pessoas até 2050.

Norman Borlaug, ganhador do Prêmio Nobel da Paz e pai da Revolução Verde, pouco antes de seu falecimento, estimou que teremos que produzir mais alimentos nos próximos 50 anos do que nos últimos 10.000.

Esse é o desafio da agropecuária no futuro próximo. E mais do que isso, deverá superá-lo de forma ambientalmente correta, economicamente viável e socialmente justa. Afinal, a sustentabilidade sempre foi um pré-requisito do sistema produtivo.

Por definição, desenvolvimento sustentável é um conceito relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Ou seja, as exigências da atual geração devem ser atendidas de forma que as das gerações futuras não sejam comprometidas.

Olhando para a pecuária, motivo maior da Feicorte, notamos que o boi brasileiro, já corretamente produzido em pasto, privilegiando o bem estar animal e a sanidade - o boi verde - vem sendo atacado. O principal argumento é o de que os bovinos são responsáveis pelo aquecimento global, através da emissão de gás carbônico proveniente do desmatamento e do metano da fermentação ruminal.

O argumento é parcial, pois se detém na emissão e não no balanço do que é emitido e do que é seqüestrado. Falta alicerce científico, além da sobrecarga de culpa imputada à atividade, como no caso do desmatamento. A responsabilidade deve obrigatoriamente permear a discussão.

O complexo agroindustrial do boi no Brasil mostra sua importância nos números.

Segundo estimativa da Scot Consultoria, esse complexo sustenta dezenas de segmentos industriais, produz quase 10 milhões de toneladas de alimento por ano, responde por 20 milhões de empregos e injeta mais de US$5 bilhões na economia, só com as exportações.

A pecuária é uma atividade que sempre foi desafiada. Enfrenta a valorização das terras, a elevação dos custos, pressões externas de origens diversas e a concorrência com outras atividades agrícolas. No entanto, a atividade em si tem soluções para se desenvolver de maneira sustentável, sob todos os pontos de vista.

Para os profissionais envolvidos, está claro que o aprimoramento da atividade passa pela incorporação de tecnologia e da profissionalização da gestão.

Os ganhos sob a ótica ambiental são imensos. O aumento de produtividade traz a otimização do uso das terras, eficiência no seqüestro de carbono pelo solo e pastagens, e o encurtamento do ciclo de produção.

As perspectivas são excelentes, basta o uso do conhecimento existente. E o temos em quantidade e qualidade suficientes.


Fonte: www.feicorte.com.br

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