25/1/2010
Exportação de carne bovina esbarra na rastreabilidade em RO

Os frigoríficos do Estado recebem a fiscalização da Idaron garantindo a vacinação de 100% do rebanho rondoniense

Com dados positivos sobre o desenvolvimento e tratamento do rebanho bovino do Estado nos últimos dois anos, o presidente da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), Augustinho Pastore informou que ainda não como se afirmar um aumento nas exportações da carne produzida no Estado. Segundo o presidente, a produção cresceu em aproximadamente 3,7% nos últimos seis meses, mas o principal empecilho para que o mercado se expanda é a baixa do dólar, que desvaloriza o produto.


Com relação ao mercado Europeu, Augustinho diz que as exigências européias ainda são muito criteriosas. “Não que nosso rebanho não esteja preparado para exportar para eles, mas exigências como a rastreabilidade extremamente rígida desestimulam a negociação”, revelou. Em 2008, Rondônia exportou uma produção que gerou 430 milhões de dólares, que representa um montante de R$ 1 bilhão, sendo considerado o 4° maior Estado exportador do país. “Ainda não temos o total de 2009 porque esses números são repassados para nós pelo Ministério da Agricultura logo nos primeiros meses do ano e ainda não nos passaram, mas apostamos no aumento, considerando as 11,532 milhões de cabeças vacinadas na última campanha em 2009.


Questionado sobre a possibilidade de aumento na produção visando maiores resultados nas exportações, o presidente explicou que mesmo com o maior número de rebanho registrado no Estado até hoje, o desenvolvimento depende de vários fatores, tendo como principais os investimentos em áreas degradadas e a correção do solo. “Tivemos um aumento de 1 milhão de cabeças de 2008 para 2009, e acredito que podemos chegar até a 20 milhões tranqüilamente. Para isso não precisamos desmatar mais, mas com os investimentos corretos e produtores interessados em cuidar do melhoramento genético e o controle sanitário do rebanho, pode-se trabalhar com áreas onde serviriam apenas para um gado aproveitando o espaço já com investimentos adequados para a criação de até três cabeças”, afirmou.


Augustinho Pastore disse ainda que de todas as 84 mil propriedades com criação de bovinos, apenas 55 ficaram de fora do período de vacinação, mas 100% do rebanho foi vacinado. “Depois do período que foi de 15 de outubro a 15 de novembro, nossos fiscais foram até esses produtores e vacinaram o rebanho, notificando aqueles que não justificaram a falta na procura pela Idaron. As multas são em torno de R$ 100 por cabeça”, alertou.


Fiscalização


Quanto aos frigoríficos do Estado, o presidente diz que a equipe de fiscalização está atenta e cumpre o termo de cooperação técnica auxiliando o Ministério da Agricultura também nos registros federais. “Temos 15 indústrias com o selo do serviço de inspeção federal (SIF), sete com o selo do serviço de inspeção estadual (SIE), fora os pequenos abatedouros que mantemos o controle com a fiscalização”, garante. Augustinho conta que a Idaron é referência nacional e até internacional pelo Ministério da Agricultura pelo trabalho realizado no Estado. “Sempre somos citados e convidados a participar de convenções, até mesmo na primeira conferência anual sobre febre aftosa, em Assumpção, no Paraguai, onde apresentamos o modelo do nosso trabalho, e toda a nossa fronteira fiscalizada evitando o transporte ilegal de rebanho”, finalizou.



Fonte: Diário da Amazônia

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