15/3/2006
Produção de mandioca foi tema de dia de campo do Sebrae


Os principais resultados obtidos com o cultivo experimental de 10 variedades de mandioca, escolhidas entre as mais produtivas e resistentes dessa cultura, foram apresentados a um grupo de 150 produtores rurais da região do Vale do Paranapanema neste fim de semana, durante o Dia de Campo da Mandioca.

Realizado em uma propriedade agroindustrial do município de São Pedro do Turvo, no dia 11/3, o Dia de Campo foi promovido pelo Sebrae-SP, por meio do programa SAI (Sistema Agroindustrial Integrado), juntamente com entidades parceiras.

Além dos resultados do plantio desenvolvido ao longo de 18 meses em seis propriedades rurais da região, foram apresentadas ao longo do dia técnicas de adubação, preparo do solo e colheita. “O objetivo foi levar aos produtores a importância de plantar manivas sadias e variedades apropriadas para a região, com o intuito de aumentar a produtividade, reduzindo o custo de produção da lavoura”, explica Antônio Márcio Cheranti, agente de desenvolvimento do SAI.

“O sucesso da mandiocultura depende em grande parte da qualidade da maniva, a planta ou caule da mandioca, assim como das melhores técnicas de cultivo. Dessa forma, vimos desenvolvendo dentro do SAI um trabalho de multiplicação e difusão da tecnologia mais avançada de que dispomos”, disse o consultor do projeto, Ricardo Kenthack, pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e da Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (Apta).

“Conseguimos resultados bem superiores em relação às variedades mais comuns do mercado”, conta Antônio Carlos Damasceno, produtor rural da região que participou o projeto. Entre os resultados citados pelo produtor estão um aumento de produtividade de até 30% e redução de custos que chegam a 50% com algumas variedades.

“Além disso, conseguimos diagnosticar dentro do campo experimental quais as variedades que devem ser colhidas com um ano de plantio e as variedades que podem ser colhidas com 18 meses de plantio”, conta o produtor. “Tempo é dinheiro e essas são informações que vão nos permitir tomar decisões mais seguras com relação à lavoura de mandioca”, acrescentou o produtor, que também produz soja e milho.

Edney José Mendes, proprietário da Agroindustrial Tarumã Ltda, fecularia onde foi realizado o Dia de Campo, conta que decidiu participar do projeto, destinando uma área de sua fecularia para o cultivo experimental para resgatar uma cultura tradicional na região. “A parceria com o SAI permitirá aos produtores conhecer novas tecnologia e produzir mais e melhor, o que beneficiará nossa região como um todo”, conta.

Atendendo diretamente 80 produtores de mandiocultura em seis municípios - Santa Cruz do Rio Pardo, Ribeirão do Sul e São Pedro do Turvo, Espírito Santo do Turvo, Taguaí e Taquarituba -, o SAI deverá envolver a todos na realização de diagnóstico das propriedades na região.

“Realizaremos um levantamento completo das propriedades da região, envolvendo a administração da propriedade, técnicas de produção, plantio e comercialização, para detectarmos onde estão os gargalos e pontos fracos a serem trabalhados. Essas informações servirão de base para o desenvolvimento de um inédito trabalho setorial no estado.”, informou Luís Augusto Nogueira Perino, analista do Sebrae-SP Escritório Regional Ourinhos. (fonte: Agência Sebrae de Notícias)


Fonte: Clube do Fazendeiro

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