3/9/2009
Agronegócio articula aliança pelo clima

Grupo representa os setores de reflorestamento papel e celulose, bionergia cana-de-açúcar, soja e as grandes indústrias de insumos, máquinas e implementos agrícolas, comandadas pela Abag
Foi criada nesta quarta-feira (2) em São Paulo a Aliança Brasileira pelo Clima, que reúne 14 entidades do agronegócio brasileiro, entre a Abag (Associação Brasileira de Agribusiness), Unica (União da Indústria de Cana de Açúcar), Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) e Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel).
Turma do carbono
A aliança representa, portanto, os setores de reflorestamento (papel e celulose), bionergia (cana-de-açúcar), soja e as grandes indústrias de insumos, máquinas e implementos agrícolas, comandadas pela Abag.O objetivoé apresentar propostas para as negociações da Convençãodas Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a chamada COP-15,em dezembro próximo, em Copenhague,Dinamarca.
Toma lá...
Na última terça-feira (1) os representantes da Aliança entregaram a proposta da entidade ao embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, o negociador brasileiro na COP-15.A principal reivindicaçãoé o pagamento por serviços ambientais. Ou seja, se o mundo espera que os produtores brasileiros deixem as florestas em pé,precisa pagar por isto.
Negócio de ocasião
Marcos Jank, da Unica, diz que as entidades precisam ser pró-ativas e ver a redução das emissões de carbono não como ameaça, mas como oportunidade.“Dos 45% da matriz energética brasileira, 28% estão na formação desta aliança. Representamos 16% das exportações totais brasileiras e uma receita de mais de US$ 30 bilhões por ano, além de há 35 anos termos uma matriz energética limpa, com o uso do etanol”, disse Jank.
Urgência urgentíssima
Enquanto isso, em Brasília, só se fala em petróleo, um dos combustíveis fósseis que mais contribui para o aquecimento do planeta. O governo quer aprovar logo as regras para a exploração do petróleo do pré-sal.
Dedos sujos
O presidente Lula, que até há pouco tempo se gabava de ser presidente do país que produz o combustível mais limpo do planeta, agora anda apaixonado pelo petróleo.“Vejo com indignação que muitos dos dedos que apontam contra a energia limpa dos biocombustíveis estão sujos de óleo e carvão”, disse Lula não faz um ano numa conferência da FAO em Roma.
Safra recorde
A colheitade canadeste ano vai render 629,02 milhões de t, 10% a mais que em 2008, segundo levantamento da Conab. O crescimento é resultado das boas condições climáticas na lavourae do aumento da área plantada, que atingiu 7,74 milhões de hectares.
Açúcar recua
Depois de alcançar preços recordes, o açúcar demerara sofreu os efeitos da realização de lucros nesta quarta (2) na bolsa de Nova York. Os contratos para outubro caíram 2,31%, para 23,68 cents por libra-peso. Em Londres, o açúcar refinado também perdeu 2,3%, encerrando o pregão a US$ 587,80/t no vencimento outubro, queda de US$ 13,90.
Ligeira alta
O café arábica tentou reagir nesta quarta (2) em Nova York, fechando o dia a 120,40 cents por libra-peso no vencimento setembro. Na bolsa de Londres, o robusta subiu 2,69%, cotado a US$ 1.411 a tonelada no vencimento setembro. Na BM&FBovespa, a saca do café arábica para dezembro foi negociada a US$ 142,85.
Soja em baixa
Os contratos futuros da soja em Chicago caíram nesta quarta (2) para US$ 9,5100 o bushel no vencimento novembro. O milho fechou o pregão estável, a US$ 3,1925/bushel no vencimento dezembro, o mais negociado. No mercado futuro brasileiro, a soja foi cotada a US$ 25,25 para novembro, com queda de 25 cents. O milho caiu para R$ 19,30 a saca no vencimento setembro.
Boi a R$ 77,07 por arroba
A arroba do boi perdeu mais 38 centavos nesta quarta (2), fechando o pregão na BM&FBovespa a R$ 77,07 no vencimento setembro.
Dólar e bolsa caem
O dólar no balcão não conseguiu se sustentar em R$ 1,90. Nesta quarta (2) caiu 1,05%, para R$ 1,885. OIbovespa recuou pela terceira sessão consecutiva, fechando aos 55.385,72,queda de 0,77%.


Bruno Blecher, da Agência Mercados, com informações da BM&FBovespa


Fonte: Portal Campo News

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