7/8/2009
Carnes:deficiencia hidrica prejudica bovinos no RS

O quadro climático geral da Campanha, Fronteira Oeste e
Região Sul do Rio Grande do Sul segue desfavorável ao bom desempenho da
pecuária. Na última semana, o frio continuou intenso e foram registradas fortes
geadas. As precipitações seguiam insuficientes para resolver a situação de
deficiência hídrica, persistindo o problema de dessedentação dos animais e de
baixo desenvolvimento das pastagens hibernais.
A alternativa dos criadores na Fronteira Oeste segue sendo o fornecimento
de palha de arroz e sal proteinado para amenizar as carências do rebanho bovino,
principalmente para as vacas de cria que se constituem a categoria de animais
mais duramente afetada.
No mercado regional, a oferta de bois para o abate segue insuficiente, e os
produtores especializados na recria continuam retraídos em sua intenção de
compra. Nas demais zonas de importância pecuária, a situação é melhor, mas não
deixa de ser preocupante para os pecuaristas, uma vez que as pastagens nativas
foram fortemente prejudicadas pela sequência de fortes geadas e frio intenso que
vêm ocorrendo no Estado nos últimos períodos.
A situação só é mais favorável devido ao maior volume das precipitações,
que permitiram um melhor desenvolvimento das pastagens cultivadas. Em algumas
localidades, o volume ultrapassou o necessário, o que terminou causando
transtornos no manejo dos animais, principalmente nas áreas mais baixas sujeitas
a problemas de drenagem.
O receio dos criadores segue sendo o lento desenvolvimento das pastagens
cultivadas nessas regiões. Nesse aspecto, o quadro é mais favorável na região
norte e noroeste e menos propício na zona Central. Nessa última zona, o mercado
regional de vacas de invernar e os animais de recria continua com poucos
negócios.
Os compradores seguem considerando as pastagens disponíveis
insuficientemente desenvolvidas para receber os animais. Já o mercado Estadual
do boi gordo transcorreu, no período, com seu preço médio inalterado. O
levantamento realizado junto às principais praças de comercialização verificou
que não houve alteração tanto no preço médio do
boi gordo como da vaca gorda, mantendo-se os mesmos respectivamente, em R$ 2,69
e R$ 2,42 o kg vivo.
Os produtores seguem na expectativa de melhores preços. As informações
partem da Assessoria de Imprensa da Emater.



Fonte: Safras

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