29/7/2009
Frigorífico Arantes faz novo acordo com pecuaristas

Pecuaristas de Pontes e Lacerda e o frigorífico Arantes entraram em um novo acordo que acarretou na retomada dos abates da planta naquela cidade. Depois de aproximadamente 60 dias de paralisação, as atividades recomeçaram na terça-feira (21) sob a condição de que um dos credores (que tem o maior valor a receber) acompanhe todo o procedimento dentro da unidade. Os abates ocorrerão duas vezes por semana.

Em abril, cerca de 50 pecuaristas com R$ 4,2 milhões a receber bloquearam a entrada de animais no frigorífico em protesto ao não pagamento do gado já abatido. No fim daquele mês, produtores e frigorífico entraram em acordo para o pagamento da dívida, mas segundo o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, ele não foi cumprido e a planta teve a operação suspensa novamente.

Na época, os débitos de até R$ 21 mil seriam pagos em quatro vezes; de R$ 21 mil a R$ 50 mil seriam pagos em seis parcelas; de R$ 51 mil a R$ 100 mil em oito, e acima de R$ 100 mil em 12 vezes. O primeiro pagamento de todos os credores estava previsto para o dia 7 de maio. "Achamos um pouco estranho um pecuarista se envolver na atividade do frigorífico, mas eles acordaram dessa forma. Só que eles devem insistir no pagamento à vista".

A assessoria de imprensa do frigorífico Arantes confirma a operação da unidade de Pontes e Lacerda. As outras que estão em funcionamento estão localizadas em Nova Monte Verde (MT), Frango Sertanejo (SP) e Jundiaí (SP). A planta de Canarana (MT) está paralisada, assim como a de Cachoeira Alta (GO), Jataí (GO), Unaí (MG), Itupeva Beef Jerky (SP). A unidade de Imperatriz (MA) deve retomar o abate ainda este mês. O Arantes está em recuperação judicial.

Estão desativados os frigoríficos de Belo Horizonte (MG), São Caetano e Ipiranga (SP). Considerando as unidades em operação e com atividades suspensas, a capacidade de abate é de 5,5 mil cabeças ao dia. Conforme informações repassadas pela assessoria, a produtividade aproximada atualmente é de 1,1 mil cabeças diárias.


Fonte: A Gazeta

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