27/7/2009
Brasil é líder mundial em produtividade agropecuária

O crescimento da agropecuária brasileira, de 1975 a 2008, foi impulsionado principalmente pela produtividade. As inovações decorrentes da pesquisa foram o principal fator, que contribuiu para esse resultado do setor primário e colocou o País em posição de destaque diante de competidores na produção de alimentos. As informações constam do estudo elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica (AGE), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O Brasil está na liderança com a maior taxa de crescimento da produtividade, 3,66% ao ano. ressalta um dos autores da pesquisa, José Garcia Gasques, coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa. A posição brasileira é seguida pela China (3,2%), Austrália (2,12%) e Estados Unidos (1,95%).

O melhoramento genético e a introdução de novas cultivares permitiram maior produtividade em lavouras como as de soja, milho, café e cana-de-açúcar. Também nas carnes, frutas e hortaliças, as inovações foram surpreendentes. Este desempenho foi apontado por Gasques como resultante dos investimentos na pesquisa agropecuária. A cana saiu de 49 para 80 toneladas por hectare no período de dez anos. O milho chegou a 12 toneladas/ha, a soja, seis toneladas/ha e o café, além de incremento na produtividade, obteve ganhos em qualidade.

A retomada de crédito agrícola nas operações de investimentos, refletiu positivamente nos resultados de produtividade agrícola, especialmente no período mais recente. O destaque ficou por conta dos recursos disponíveis para a agricultura empresarial e familiar, além das cooperativas que saltaram de R$ 17 bilhões para R$ 75 bilhões, a partir de 1996.

O aumento da produtividade contribuiu para que os preços dos alimentos não pressionassem a inflação nos últimos quinze anos. “A inflação cresceu em média 0,59%, de agosto de 1994 a junho deste ano, e os preços dos alimentos, 0,55%”. Na comparação da produtividade da agricultura e indústria, o setor agrícola cresceu entre 2002 e 2008 a uma média anual de 4,7%, enquanto que a produtividade industrial, 3% ao ano.

A pesquisa indica que, nos últimos 33 anos, o produto agropecuário atingiu a taxa anual de 3,68%, no caso de produtos de origem animal (ovos, leite, lã, mel e cera de abelha e casulos do bicho-da-seda) e carnes bovina, suína e de aves. Praticamente não houve crescimento no uso de insumos (0,01% ao ano). O item abrange lavouras e pastagens, mão-de-obra e máquinas agrícolas como tratores, colheitadeiras e retroescavadeiras, além dos defensivos e fertilizantes.

A produção de carne bovina que, em 1997, era de 11 quilos de carcaça por hectare/pastagem subiu para 39 quilos, em 2008. A de aves, de pouca expressão em 1975 (373 mil toneladas), atingiu 10 milhões de toneladas, em 2008. A do leite saltou de 8 bilhões de litros para 27 bilhões de litros, no mesmo período. O uso de máquinas agrícolas também teve incremento nos últimos anos: o número de tratores ampliou de 335 mil unidades para 502 mil e o de fertilizantes, de 46 quilos por hectare avançou para 196 kg/ha. (Inez De Podestà)

Confira o estudo sobre Produtividade e Fontes de Crescimento da Agricultura elaborado pela AGE no link abaixo:
http://www.agricultura.gov.br/pls/portal/url/ITEM/6F60D68EFB0C92BFE040A8C075024273


Fonte: Mapa - www.agricultura.gov.br

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