2/7/2009
UE avalia emissões de gases de efeito estufa de animais

A Comissão Europeia recentemente divulgou relatório chamado "Avaliação da contribuição do setor pecuário para as emissões de gases de efeito estufa da União Europeia (UE)", que começou a ser preparado em junho de 2008, disse o representante da Divisão de Carnes da organização de alimentos da Irlanda, Bord Bia, Mark Zieg.

Esse trabalho foi executado pelo Joint Research Centre do Institute for the Protection and Security of the Citizen (IPSC). O estudo avaliou a importância da produção pecuária nos 27 países membros da UE e estabeleceu uma tipologia e zoneamento preliminares dos sistemas de produção pecuária e destacou os impactos positivos e negativos na biodiversidade. Além disso, após essa fase preparatória do trabalho para quantificar as emissões na UE, será feita uma segunda fase. O trabalho até agora concluiu que é difícil quantificar o impacto da produção pecuária na biodiversidade, mas isso pode e às vezes tem um papel na conservação.

Os níveis de emissões de alguns dos principais mercados que vendem carne para a UE também foram avaliados. Isso inclui a avaliação do impacto das emissões de gases de efeito estufa na produção de carne de cordeiro da Nova Zelândia, carne bovina e de frango do Brasil, importadas pela UE.

Para a carne de cordeiro neozelandesa, as emissões foram estimadas em 33 quilos de CO2 equivalente por quilo de carne comprado pela Europa. A fermentação entérica é a maior contribuinte, com mais de 20 quilos de CO2 equivalente por quilo, seguida por esterco nas pastagens, com 7 quilos de CO2 equivalente por quilo.

No caso da carne bovina brasileira, as emissões de gases de efeito estufa foram calculadas em 80 quilos de CO2 equivalente por quilo de carne que chega na Europa. Entretanto, o perfil dos contribuintes totais diferem significantemente, com a fermentação entérica sendo responsável por 35 CO2 equivalente por quilo, o desmatamento das florestas tropicais para criação de gado contribuindo com 31 CO2 equivalente por quilo.

No caso da carne de cordeiro da Nova Zelândia e da carne bovina brasileira, o transporte para o mercado da UE é um fator menor em termos de emissões de gases de efeito estufa. Essa informação seria comparada com os produtos originários da UE na fase dois do projeto.


Fonte: Beef Point

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