30/6/2009
Meio ambiente: Bertin alega que teve sua reputação "abalada"

O frigorífico diz que fornecedores apontados pelo MPF do Pará estavam fora da "lista negra" do Ibama.



No dia 1o. de junho, o frigorífico Bertin tomou conhecimento, via coletiva de imprensa do Greenpeace, de ações civis públicas do Ministério Público Federal (MPF) do Pará que apontaria 21 fazendas embargadas por questões ambientais, sendo que 14 destas eram fornecedoras da empresa.

O MPF recomendou, através de correspondência postada diretamente aos clientes da empresa, que não adquirissem mais produtos da companhia com a advertência de serem co-responsabilizados por práticas ambientais ilegais. Como resultado, grandes varejistas e outros clientes do País suspenderam a compra de carnes do Bertin vindas das unidades do Pará e a companhia teve de começar a fornecer com produtos de outras regiões.

Por isso, a empresa foi co-responsabilizada de contribuir com o desmatamento da Amazônia ao comprar desses 14 fornecedores. No entanto, nenhuma das fazendas apontadas constavam da lista de áreas embargada do Ibama, que deve, segundo a lei, divulgar as propriedades rurais que não podem fornecer produtos ou subprodutos por estarem embargadas. É o que revela um comunicado enviado pelo frigorífico nesta segunda-feira, 29.

Segundo a nota à imprensa, independentemente de estar agindo dentro da legalidade e utilizando as informações dos órgãos competentes seguindo a lei ambiental vigente, a companhia considera que teve sua reputação abalada. "Sentimos que tivemos um prejuízo à reputação de nossa imagem perante clientes e consumidores do Brasil e dos mais de 80 países onde atuamos", declara o diretor-presidente da companhia, Fernando Bertin.

Apesar desse fato, como medida preventiva, a Bertin considerou necessário paralisar desde o dia desde o dia 6 de junho todas as aquisições de bovinos das fazendas apontadas pelo MPF, até que os fatos relacionados aos embargos sejam devidamente esclarecidos. "Mesmo não tendo cometido nenhum ilícito e buscando uma solução rápida para cessar a recomendação, frigoríficos e MPF começaram a negociar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), mecanismo legal proposto pelo MP para encerrar a ação. Caso o TAC seja confirmado, o MP enviará a todos os clientes uma outra carta anulando a recomendação anterior", informa o comunicado.



Fonte: Portal DBO

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