25/6/2009
Marfrig confirma compra de operação da Doux Frangosul

Ontem a Marfrig Alimentos S.A. confirmou a compra dos ativos do segmento de peru da Doux Frangosul no Brasil, marcando a entrada do Grupo Marfrig no mercado de carne de peru.

O valor da negócio é R$ 65 milhões e inclui uma planta de abate, na cidade de Caxias do Sul/RS, com capacidade de abate diário de 30 mil perus, além de uma fábrica de rações, um incubatório e 4 granjas com aproximadamente 1 milhão de animais para abate e 50 mil animais para produção de ovos férteis, além de mais de 300 produtores integrados para fornecimento de aves.

O valor total acordado para a aquisição dos ativos é de R$ 65 milhões (sessenta e cinco milhões de reais), a ser ajustado de acordo com o resultado de due diligence a ser realizada.

Segundo o comunicado, "essa aquisição segue a estratégia de diversificação traçada pelo Grupo Marfrig desde seu IPO fortalecendo ainda mais a sua imagem como a empresa de alimentos mais diversificada em carnes ampliando ainda mais seu portfólio de produtos ofertados aos seus clientes".

Com a entrada no novo mercado, a Marfrig vai concorrer com Sadia e Perdigão - que juntas na Brasil Foods devem ter mais de 80% da produção nacional de peru. Para um analista do setor de carne, a estratégia é inteligente, pois a Marfrig adquiriu o único outro produtor de peru do país e entrou num mercado de valor agregado, com exportações de US$ 557 milhões.

Segundo o Credit Suisse, desde a abertura de capital, a Marfrig adotou "uma das mais seguras e bem-sucedidas estratégias de crescimento entre empresas de carne bovina da América do Sul". O relatório observa que a empresa se diversificou e buscou outras regiões para operar. Antes mesmo de abrir capital, a Marfrig já tinha adquirido ativos no Uruguai e no Chile. Depois foi para a Argentina e também para a Europa, com a compra dos ativos da americana OSI.

Na visão do Credit Suisse, a aquisição das operações de peru deve complementar a estratégia de longo prazo da Marfrig, "fortalecendo não apenas seu portfólio de produtos processados no mercado doméstico, mas também suas operações europeias". Isso porque a planta de perus no Brasil também deve fornecer carne para as unidades do grupo na Europa, creem os analistas do banco.


Fonte: Beef Point

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