19/6/2009
Confinamento: Mato Grosso tem queda depois de quatro anos de crescimento

Para 2009, a previsão é de recuo para a entressafra em torno de 11%.



Nos últimos quatro anos, o número de propriedades que optaram em fazer confinamento em Mato Grosso cresceu mais de 300%. Em 2008, o número de cabeças engordadas neste sistema foi de 455 mil, contra 103 mil em 2005. Mas, este ano a curva de crescimento deverá cair 11%. "Reflexo imediato da incerteza nos preços de mercado futuro, falta de boi magro para engorda e o custo do milho e da soja. O produtor tem que tomar uma decisão no máximo até setembro para confinar em outubro, mas eles estão fazendo as contas e os resultados não estão gerando a rentabilidade desejada", avalia o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.

Nas duas últimas semanas, o Instituto de Economia Agropecuária (Imea) realizou o primeiro levantamento de intenção de confinamento de 2009. Dentre 162 unidades confinadoras encontradas pelo Imea no Estado, 135 (83%) foram contatadas ou quiseram participar do levantamento. Deste total, 22 propriedades (14% do total), afirmaram não ter intenção de confinar animais em 2009.

Foi levantado ainda que 43 propriedades, ou 27% do total, tem intenção de confinar, mas não definiram suas estratégias de engorda e comercialização. "A principal causa dessa incerteza, segundo os produtores, é a insegurança com relação ao preço de venda dos animais, uma vez que mesmo os contratos da arroba do boi gordo no mercado futuro estão abaixo dos patamares alcançados em 2008", disse o superintendente do Imea, Seneri Paludo.

A intenção levantada é de se confinar 403 mil cabeças neste ano. Desse total, está programado o abate de pouco mais de 280 mil cabeças (70% do total). Comparado com a intenção de confinamento do mesmo período do ano passado, quando os produtores pretendiam confinar 626 mil cabeças, a queda da intenção foi de 36%.

O levantamento deste ano também aponta uma mudança no período de entrega dos animais, em relação ao concretizado em 2008. No ano passado, o mês onde ocorreu a maior parte da entrega foi setembro, com 28% do total, entretanto neste ano o levantamento indica que em outubro ocorrerá o maior volume de abate. As informações são da Acrimat.



Fonte: Portal DBO

Voltar