12/6/2009
Pecuária de corte: CNA propõe preço mínimo de R$ 1.300 por cabeça de gado

Nogueira enfatizou que o setor de carne bovina está excluído da Política de Garantia do Preço Mínimo.



A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vai sugerir ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que o preço mínimo para a cabeça de gado seja de R$ 1,3 mil, independente da idade, raça ou tamanho do boi. A informação foi dada nessa terça, 9, pelo presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, após a participação de audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara.

Durante a audiência, Nogueira enfatizou por duas vezes que o setor de carne bovina está excluído da Política de Garantia do Preço Mínimo (PGPM) e que já solicitou encontro com o ministro para incluir a solicitação do setor antes do lançamento do Plano Agrícola e Pecuário, previsto para ser divulgado no dia 22 deste mês. "Peço aos senhores deputados que nos ajudem a incluir a carne no PGPM porque ficamos alheios. A ave pode, o suíno pode e ninguém nos dá uma explicação técnica e plausível para o motivo de a carne bovina não poder", disse à Agência Estado.

Seguro para pecuária - Em relação ao fundo garantidor de crédito, o representante da CNA explicou que a proposta seria uma saída viável para as empresas em dificuldade financeira e que garantiria o pagamento aos pecuaristas pela venda de animais para o abate. Pela proposta, parte dos recursos tomados pelas indústrias ficaria retida para garantir o pagamento das Notas Promissórias Rurais (NPRs), emitidas pelos frigoríficos aos produtores quando ocorre venda a prazo.

Nogueira também disse que, em uma reunião com representantes de seguradoras, foram mencionados três tipos de seguro como forma de ressarcir prejuízos da atividade diante da inadimplência dos frigoríficos. O primeiro é o seguro pecuário, que cobre apenas perdas como a morte de um boi. "Isso não é suficiente, pois o preço é menor e não cobre o prejuízo com a comercialização", argumentou. A outra é o seguro garantia que, na avaliação de Antenor Nogueira, não cobre as perdas com a venda de animais.

O terceiro é o seguro de crédito. No entanto, ele apontou a falta de transparência dos frigoríficos como principal problema para viabilizar uma cobertura mais ampla deste instrumento para a pecuária. "Apenas três frigoríficos têm capital aberto e publicam seus balanços, o que torna este crédito caríssimo", justificou. Para tentar obter maior transparência dos frigoríficos, Antenor Nogueira informou que a CNA está fechando convênio com a Serasa para ter acesso às informações das indústrias.


Fonte: Portal DBO

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